BRASILIA, Jul 11, 2008 / 17:39 pm
A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), dirigiu "uma palavra de incentivo e reconhecimento a todos os deputados e deputadas que votaram a favor da vida dos não nascidos", ao rechaçar o projeto de lei oficialista que descriminilazava o aborto durante os nove meses de gestação.
Recentemente, os membros da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara de Deputados, rechaçaram por 57 votos contra quatro, um projeto de lei promovido pelo Governo de Luiz Inacio Lula Da Silva, cujo último artigo derrogava toda penalização existente no Código Penal contra o aborto.
Os bispos destacaram que depois de um longo debate, os deputados afirmaram que dito projeto é inconstitucional porque viola a Carta Magna do Brasil, que estabelece que "o direito à vida constitui um valor supremo "do qual derivam todos outros direitos".
"Assim, uma vez mais foi respeitada a voz da grande maioria de brasileiros, que é decididamente contrária à prática do aborto, e que defende a vida e a dignidade humana da fecundação até seu término natural", expressou a CNBB.
Os prelados advertiram que "matar a um ser humano é sinal de desvalorização da vida, que precisa ser protegida em toda circunstância, independentemente de quanto tempo tem de existência". Nesse sentido, recordaram os ensinamentos de João Paulo II em sua Encíclica Evangelium Vitae, sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana.
Manipulação mediática
Por outro lado, fontes pró-vida advertiram que a imprensa brasileira oculta o verdadeiro fim do projeto, que é descriminalizar o aborto durante todo a gravidez e não só até as doze semanas de gestação, como informam à opinião pública.
Segundo o primeiro artigo do projeto, o aborto só poderia realizar-se máximo até os 90 dias de gravidez. Entretanto, o último articulado derroga todos aqueles dispositivos do Código Penal que criminalizam esta prática.
Com isso, explicaram os pró-vida, "todos os abortos deixariam de ser crímes em qualquer circunstância, até o momento do parto, independentemente do que afirma o primeiro artigo".
As fontes denunciaram que a imprensa brasileira oculta este dado, amplamente divulgado pelos grupos pró-vida e pelas audiências públicas realizadas na Câmara Federal, em presença dos jornalistas dos principais meios de comunicação.
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