MADRI, Jul 17, 2008 / 22:29 pm
A nova lei do aborto livre ou “lei de prazos”, converterá a Espanha em 2015 no país da União Européia com o maior número de abortos já que se superarão os 230 mil abortos anuais, advertiu esta semana Eduardo Hertfelder, Presidente do Instituto de Política Familiar (IPF).
Segundo um detalhado estudo populacional e estatístico apresentado à imprensa pelo IPF, para 2015, “levando em conta o histórico atual e as conseqüências da entrada em vigor da anunciada lei do aborto livre nas 12 primeiras semanas de gravidez, nossas estimativas, inclusive as mais conservadoras, constatam que se produzirão mais de 232.000 abortos anuais na Espanha, o que suporá que mais de 637 crianças deixarão de nascer ao dia pelo aborto (e se produzirá um aborto cada 2,3 minutos)”.
“Para essa data –explica o IPF–, mais de 2,5 milhões de crianças (2.564.867) haverão deixado de nascer na Espanha pela lei do aborto”.
“Na Espanha não só seguirá crescendo o número de abortos ao ritmo atual (10% anual e os últimos 10 anos) senão que com a futura lei do aborto livre, se acelerará e incrementará este crescimento”, adiciona.
A situação é mais chamativa quando se compara com o resto da Europa. Hertfelder revela que enquanto que nos últimos dez anos nos distintos países da União Européia (27) os abortos decresceram ou quase se estancaram, na Espanha o crescimento neste mesmo período (1996-2006) foi de 99% o que supõe um crescimento médio anual de 10%. E as previsões para o resto dos países europeus, são que continuará o estancamento e inclusive uma leve descida no número de abortos.
A implementação do aborto livre até as 12 semanas, junto ao "coador atual" dos abortos permitidos até a última semana de gestação pelo denominado "risco psicológico para a mãe" assim como o decreto lei recentemente aprovado de não registro dos dados que aumentará a fraude de lei atual, explica também Hertfelder, “provocará um 'efeito chamada' no resto dos países da UE”.
Diante da constatação de que a legislação atual é um fracasso total e um autêntico "coador", o IPF assinala que a solução não pode consistir em elaborar uma legislação ainda mais 'coador' que incremente, mais ainda, o número de abortos, e que converta a Espanha no país da UE27 com maior número de abortos”.
É por isso, conclui Hertfelder, que do IPF insistimos ao Governo e ao PSOE a uma retificação imediata em sua proposta de aborto livre.
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