21 de novembro de 2024 Doar
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Defesa do meio ambiente supõe uma mudança moral, diz o Papa

Durante um encontro com cerca de 400 sacerdotes da região do Tirol italiano realizado nesta quarta-feira, Festa da Transfiguração do Senhor, o Papa Bento XVI assinalou que o cristianismo defendeu o cuidado do meio ambiente apoiado na conversão do ser humano.

Durante o encontro a portas fechadas, o Pontífice respondeu durante pouco mais de uma hora a seis perguntas expostas pelo mesmo número de sacerdotes da região, reunidos na Catedral de Bressanone.

Algumas das respostas do Papa às perguntas foram logo resumidas à imprensa pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.

Segundo o Pe. Lombardi, quando um sacerdote perguntou sobre a visão católica da proteção do meio ambiente, Bento XVI respondeu sublinhando que "Deus, como Criador, não pode ser colocado fora da história".

O Papa assinalou além que "não sempre se sublinhou suficientemente a relação entre o ensinamento da Igreja sobre a redenção e a criação. Este é um tema no que os cristãos podem praticar sua fé, dando exemplo com estilos de vida respeitosos do meio ambiente", disse o Pe. Lombardi, descrevendo a resposta do Santo Padre.

Para o Papa, continuou explicando o porta-voz, o homem que é ciente de que a criação lhe foi confiada por Deus, tem um sólido fundamento para respeitar o meio ambiente. "Mas se se nega a Deus, o mundo se vê reduzido a mera matéria e em um mundo fechado em seu materialismo, é mais fácil que o ser humano se erija como ditador das demais obras criadas e da natureza".

Como exemplo da visão cristã da relação com a criação, o Papa pôs como exemplo a São Paulo, ao monaquismo medieval e, em geral, ao fato que na tradição cristã, sempre existiram espiritualidades como a franciscana, sensíveis ao meio ambiente.

Respondendo outra pergunta sobre a administração dos sacramentos às pessoas que não estão solidamente formadas na fé –especialmente o caso de pais que solicitam o batismo de seus filhos–; o Pe. Lombardi assinalou que Bento XVI respondeu confessando que "quando era mais novo era mais severo e pensava que tratando-se de sacramentos da fé, fosse mais problemático administrá-los com amplitude. Com o tempo, compreendi que é necessário seguir o caminho do Senhor, aberto à misericórdia que acolhe também aos que têm um indício de fé".

"Se podemos ver inclusive uma pequena chama de desejo de comunhão na Igreja, existe um motivo para ir nesta direção", explicou.

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