MEXICO D.F., Aug 26, 2008 / 18:01 pm
Shiryu Juárez Medina nasceu em 29 de maio passado nesta capital. Tinha apenas 23 semanas de gestação e pesava 440 gramas. O pequeno lutador venceu todos os prognósticos médicos e com a assistência de abnegados especialistas e o amor de sua família deixará o hospital nos próximos dias convertido no homem mais prematuro do mundo.
Conforme informa o diário Milênio, Berenice Medina Aguilar, de 33 anos, chegou em 29 de maio às sete da manhã até a área de urgências do Hospital de Gineco Obstetrícia Número 3 do DF, porque apresentava ameaça de aborto devido a um quadro de pre-eclampsia, uma complicação da gravidez caracterizada por pressão arterial alta e perda de glicose.
Os médicos lhe praticaram uma cesariana e conseguiram estabilizar ao pequeno Shiryu.
Leonardo Cruz Reynoso, chefe da Unidade de Cuidados Intensivos Neo-natais do Hospital, não duvida em considerar o menino como o bebê mais prematuro do mundo.
"No mundo inteiro não existe um só caso de um menino que tenha sobrevivido com estas características", indicou ao mencionar que a morte se deve ao grau de imaturidade de seus órgãos.
Além disso, o caso do Shiryu surpreende ainda mais porque não apresenta nenhum problema neurológico, que é muito comum entre os nascimentos prematuros, nem tampouco problemas de cegueira.
"Quando se apresenta um caso de nascimento prematuro, normalmente o infante apresenta atraso mental ou cegueira, como conseqüência das alterações cerebrais que se experimentam quando não se culmina com todo o processo de desenvolvimento. alteram-se o potássio, a glicose, pode haver infecção que eleva a temperatura da corrente circulatória, enfim, há uma grande quantidade de motivos em contra que fazem que existam descapacidades", indicou o médico.
Shiryu, cujo nome em japonês significa "cavalheiro dragão", será dado de alta esta semana. Já tem 88 dias de nascido e pesa dois quilogramas com 40 gramas.
Os orgulhosos pais, Berenice Medina e Bernabé Juárez, estão ansiosos por ter a Shiryu em casa junto a suas duas filhas mais velhas Ximena, de 10 anos, e Xiadán, de oito.
"Este pequeno significa um milagre, depois das poucas esperanças que dávamos a meu filho; esta situação é um exemplo da grande fortaleza que pode ter um bebê e de tudo o que se pode obter com uma atenção médica tão esmerada", disse a mãe.
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