Beatificariam sacerdote espanhol que protegia órfãos em sua casa

MADRI, Nov 11, 2004 / 18:08 pm

O Bispo de Cartagena, Dom. Manuel Ureña Pastor, abriu o processo de Beatificação do Padre Juan Paco Baeza, de quem se diz que recolhia crianças órfãs da rua para alojá-los em sua casa.

O processo diocesano de beatificação foi aberto no Palácio Episcopal de Murcia, e tem como postulador o Pe. Jesus Belmonte, pároco da igreja de São Onofre, em Alguazas.

O sacerdote afirmou que o Pe. Baeza “é uma pessoa que vivia para os outros”. Informou que “foram muitos paroquianos” da paróquia de El Salvador, em Jumilla, onde esteve pela última vez, “que pediram ao bispo que iniciasse todo o processo”.

Ao relatar a vida do Pe. Baeza, o postulador da causa assinalou que se destacou por “seu amor aos pobres”. Narrou que ao receber as crianças órfãs em sua casa, fez que eles descansassem em sua cama enquanto ele dormia no banco da paróquia durante trinta anos.

O Pe. Belmonte disse que quando estalou a guerra civil, o Pe. Baeza se encontrava no Cenizate, um povo de Albacete, mas que “era tão bom que o prefeito, que era socialista”, protegeu-o em sua casa. Acrescentou que deste povo chamaram para “atestar em seu favor”.

Sua vida

O Pe. Juan Paco Baeza nasceu em 29 de junho de 1890, na Murcia. Seus pais eram humildes jornaleiros. Juan era o filho mais velho. Foi batizado no dia seguinte de nascer na Catedral de Murcia com os nomes de Juan Pedro Pablo Mariano de Gracia.

Desde menino ajudou seu pai no trabalho da terra e recolhendo o lixo pelas ruas da cidade.

Quando jovem manifestou em várias ocasiões seu desejo de ser sacerdote. Aos 16 anos foi preparado pelo Pe. Juan Belmonte Castanho, um sacerdote amigo da família, e ingressou no Colégio de Vocações de São José, hoje Seminário Diocesano.

Em 25 de maio de 1918 foi ordenado presbítero na Catedral de Murcia, celebrando em 2 de seu junho Primeira Missa Solene na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Puente de Tocinos.