VATICANO, Nov 15, 2004 / 15:02 pm
Ao receber ao novo embaixador da República do Iraque na a Santa Sé, Edward Ismail Yelda, o Papa João Paulo II expressou que acompanha os acontecimentos desse país e solicitou ao diplomata que assegurasse ao povo iraquiano seu "preocupação constante pelas numerosas vítimas do terrorismo e a violência".
Durante seu discurso no ato de recepção das cartas credenciais do embaixador, o Santo Padre se referiu à proteção dos direitos humanos no país. "É essencial que as normas de lei sejam um elemento integrante do governo. Defender este princípio fundamental é básico para qualquer sociedade moderna que procure verdadeiramente a proteção e a promoção do bem comum. Espero que o povo iraquiano siga fomentando sua longa tradição de tolerância, reconhecendo sempre o direito à liberdade de culto e à instrução religiosa”, assinalou o Pontífice.
“Uma vez que esses direitos fundamentais sejam protegidos pela legislação ordinária e passem a ser parte permanente da tecido vivente da sociedade, garantirão que todos os cidadãos, independentemente de suas crenças religiosas ou filiação, contribuam a própria contribuição à construção do Iraque", acrescentou.
Mais adiante, João Paulo II expressou que “toda a Igreja Católica e em especial os cristãos caldeus presentes em seu país da época apostólica está comprometida em ajudar a seu povo na construção de uma nação mais pacífica e estável".
Ao referir-se ao difícil processo de transição democrática que vive o Iraque na atualidade, o Papa animou os esforços do governo atual para conseguir que as “eleições sejam corretas e transparentes e dêem a todos os cidadãos as mesmas oportunidades para exercer este direito democrático ao que estão chamados".
Do mesmo modo, o Santo Padre lembrou que o "Iraque nestes momentos luta por superar as provocações representadas pela pobreza, o desemprego e a violência", e expressou o desejo de que "o governo trabalhe incansavelmente para resolver as disputas e os conflitos mediante o diálogo e a negociação, servindo-se da força militar só como último recurso".
Para concluir, O Santo Pare apontou que é “essencial que o Estado, com a ajuda da comunidade internacional, promova a compreensão e a tolerância mútua entre seus diversos grupos étnicos e sociais" para "criar um clima de justiça e paz" que seja "capaz de sustentar o necessário crescimento econômico e o desenvolvimento integral para o bem-estar de todos os cidadãos e do país".
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