25 de novembro de 2024 Doar
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Necessitam-se peregrinações à Terra Santa para evitar êxodo de cristãos

Os representantes de diferentes denominações cristãs assinaram uma declaração exortando aos fiéis de todo o mundo a peregrinar aos Santos Lugares para impedir o êxodo maciço de cristãos.

O documento se intitula “Um chamado a toda gente de fé. Visitem a Terra Santa”, e está assinado pelo Núncio Apostólico da Terra Santa, Dom Pietro Sambi, assim como pelos líderes religiosos das Igrejas Latina (Católica); Grega e Russa Ortodoxas; Armênia; e Evangélica.

Segundo o Custódio da Terra Santa, Pe. Pierre Battista Pizzaballa OFM, a assinatura desta proclamação é uma amostra de que embora “haja muitas coisas que nos dividem”, há “muitas outras que unem” os cristãos.

Por sua vez, Dom Pietro Sambi assinalou que para os cristãos da Terra Santa, as peregrinações são os únicos momentos de “alegria e enriquecimento espiritual” nos quais podem gozar de um ambiente de paz e assim dissipar por um instante as tensões entre israelenses e palestinos.

De acordo com um relatório elaborado em 2003 pelos franciscanos, custódios da Terra Santa, o temor de que a presença cristá seja só testemunhal vai crescendo conforme diminui o número de fiéis. De acordo com o documento, para  2020 os cristãos nesta parte do mundo  serão apenas 1,6 por cento da população.

Este dado toma força se for tomado em conta que em 1840 os cristãos de Jerusalém, em sua maioria palestinos, eram 25 por cento da população. Em 2002 esta porcentagem reduziu para 2 por cento.

A diminuição dos cristãos de contradiz com o aumento de judeus e muçulmanos.

No caso dos judeus, eles passaram de quatro mil em 1840 a 400 mil em 2002; enquanto que os muçulmanos cresceram de 4 mil e 600 a 143 mil, graças a sua taxa de natalidade que lhes permite dobrar seu número a cada 25 anos.

O decréscimo de cristãos não só se percebe em Jerusalém, também se sente em Belém e Nazaré.

“Com o êxodo cristão se vai também a visão cristã do homem, universal e igualitária, com o respeito à pessoa e à vida, em uma região em que estes valores estão em franca regressão”, assinala o relatório.

O texto lamenta que “os governos do Ocidente cristão, levados por uma falsa visão da liberdade religiosa e quiçá por um laicismo exacerbado” insistam em que “não ajudam os cristãos, mas sim os  palestinos”.

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