24 de novembro de 2024 Doar
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Rechaçar extremismo e violência implica luta contra pobreza

Em uma mensagem dada a conhecer pelo final do Ramadan islâmico, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso ressaltou que "rechaçar os fenômenos do extremismo e a pobreza implica necessariamente a luta contra a pobreza mediante a promoção de um desenvolvimento humano integral".

No texto titulado "Cristãos e muçulmanos: juntos para vencer a pobreza" e assinado pelo Cardeal Jean-Louis Tauran e o Arcebispo Pier Luigi Celata, respectivamente Presidente e Secretário do mencionado dicastério, recorda-se que existem, como foi dito o Papa Bento XVI, dois tipos de pobreza: uma que deve ser combatida e uma da qual se deve abraçar.

"A pobreza a combater é patente aos olhos de todos: a fome, a falta de água potável, a penúria de cuidados médicos e de moradia adequada, a carência de sistemas educativos e culturais, o analfabetismo, sem esquecer, por outra parte, a existência de novas formas de pobreza, 'por exemplo nas sociedades ricas e avançadas, ...fenômenos de marginalização, de pobreza relacional, moral e espiritual'".

A pobreza a ser abraçada, prossegue o texto, "é a que convida a um estilo de vida simples e essencial que evite o desperdício e respeite o meio ambiente e todos os bens da Criação. Esta pobreza é também, ao menos durante certos períodos do ano, a da frugalidade e do jejum. A pobreza assim escolhida predispõe a sair de nós mesmos e dilata o coração".

"Como católicos, desejar o acordo para procurar juntos solucione justas e duradouras ao flagelo da pobreza significa também refletir sobre os graves problemas de nosso tempo e, quando for possível, comprometer-se conjuntamente para encontrar uma resposta adequada.

Seguidamente a mensagem sublinha que "um olhar atento sobre o complexo fenômeno da pobreza nos conduz a ver fundamentalmente sua origem na falta de respeito à dignidade inata da pessoa humana e chama uma solidariedade global, por exemplo mediante a adoção de um 'código ético comum' cujas normas não teriam somente um caráter convencional, mas sim estariam enraizadas na lei natural inscrita pelo Criador na consciência de todo ser humano".

"Parece que em diversos lugares do mundo nós passamos da tolerância ao encontro, a partir de um modo comum de viver e de preocupações compartilhadas. O que certamente constitui uma importante meta conseguida", conclui.

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