22 de novembro de 2024 Doar
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Bispos peruanos apóiam medida que protege o concebido perante potencial abortivo

O Presidente da Comissão de Família, Infância e Vida da Conferência Episcopal Peruana, Dom José Antonio Eguren, felicitou a decisão do Tribunal Constitucional que optou por defender a vida desde a concepção ao pedir que se suspenda a repartição da pílula do dia seguinte nos estabelecimentos de saúde.

Dom Eguren, que também é Arcebispo de Piura, felicitou os magistrados “por terem reafirmado o amparo do direito à vida desde a concepção que estabelece a Constituição da República do Peru” e “ter afirmado enfaticamente que esta não deve ver-se ameaçada desde seu início e em conseqüência, em nenhum momento de sua existência”.

Do mesmo modo, destacou “a valentia dos magistrados que têm feito prevalecer o direito e o sentido comum: em caso de dúvida, ou ameaça, deve-se optar por defender a vida humana. Defendendo a vida de uma criança por nascer recém concebida estamos dando a possibilidade a que depois esta possa exercer todos seus direitos. Não se pode permitir que mediante uma droga detrás da qual existem interesses claramente comerciais, mate hoje as nossas crianças mais pequeninas, a vida está por cima de qualquer interesse”.

O Arcebispo recordou que os fabricantes da chamada pílula do dia seguinte “expõem em quão inseridos acompanham ao produto aqui no Peru e no resto do mundo que existe o efeito anti-implantatório com o qual se elimina uma vida humana recém concebida. Esta simples, mas contundente constatação feita hoje pelos magistrados do TC os releva de qualquer necessidade de majores prova. Mas também expõe um imenso interrogante sobre os responsáveis pela saúde dos peruanos ao não havê-lo feito antes”.       

Segundo Dom Eguren, “esta medida protege o direito à informação das mulheres e conseqüentemente seu direito a escolher livremente. Não pode haver direito a escolher quando existe um grave defeito na informação que recebem. Isto é ainda mais grave quando se trata de mulheres pobres e de escassa educação. Estamos seguros que para as mulheres peruanas é muito importante saber se uma droga pode ser abortiva ou não. Comercializar uma droga omitindo esta informação é um atentado contra a dignidade da mulher, à margem da discussão sobre a legalidade deste ato”.

Finalmente, recordou que “se queremos construir uma Cultura da Vida, devemos defender a vida em todas suas etapas. Os magistrados do TC deram um passo neste sentido e merecem nosso reconhecimento. Fazemos uma invocação a todas as pessoas de boa vontade a unir-se neste propósito, protegendo sempre em primeiro lugar aos mais frágeis e indefesos, neste caso as mulheres pobres e as suas crianças por nascer”.    

Arcebispo de Lima saudou decisão

Em seu programa Diálogo de Fé irradiado pela emissora Radio Programas do Peru, o Arcebispo de Lima, Cardeal Juan Luis Cipriani também se pronunciou sobre o tema e saudou a decisão “que é extremamente honesta” e “diz com claridade aqueles aspectos pelos quais se tomou a decisão”.

 “Deve-se tratar entre todos, de que o país vá para frente. Dediquemo-nos a procurar o bem comum. Não podemos apoiar um método abortivo”, indicou o Cardeal Cipriani e recordou que é preciso forjar um país mais unido, onde se defenda a liberdade de expressão de todos, e não se desqualifique nem se insulte a quem pensa distinto, pois assim não se fortalece nem a democracia nem o Estado de Direito.

O Arcebispo de Lima recordou que é dever estado peruano defender a vida dos não nascidos desde o instante da concepção. Por isso, recordou que assim como não se distribui gratuitamente leite podre, tampouco se deve distribuir a “pílula do dia seguinte”, quando se menciona a possibilidade que este fármaco poderia atentar contra o direito à vida do concebido.

Nesse sentido, descartou que se trate de uma discriminação de ricos contra pobres, como muitos meios de comunicação assinalaram.

“Se esta pastilha tem efeitos abortivos, então não se deve vender a ninguém em nenhum lugar. Não estejam enganando essa gente humilde e pobre que sabe perfeitamente viver seu matrimônio e cuidar de seus filhos, é preciso ser mais honestos e não estar provocando o povo dizendo que esta sentença é dos ricos contra os pobres, nada mais falso”, indicou. 

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