SANTIAGO, Feb 18, 2010 / 07:47 am
Um estudo preliminar apresentado pelo epidemiólogo da faculdade de medicina da Universidade do Chile, Elard Koch, mostrou que a prevenção para ter "gravidezes seguras" foi o caminho com que o país conseguiu reduzir a mortalidade materna, e não a promoção do aborto.
O estudo foi apresentado no mês passado na reunião inaugural do International Working Group for Global Women's Health Research, em Washington D.C. (Estados Unidos).
Segundo o C-FAM, as conclusões preliminares que examinaram "a pronunciada queda no número de mortes maternas ao longo dos últimos cinqüenta anos na nação latino-americana do Chile, ao parecer debilitam os argumentos do lobby abortista, segundo os quais se necessitam leis de aborto permissivas para reduzir os índices de mortalidade materna".
Indicou que de acordo às cifras, "a razão de mortalidade materna se reduziu de 275 por 100.000 nascidos vivos em 1960 a 18,7 por 100.000 nascidos vivos no ano 2000, a maior redução observada em países da América Latina".
O relatório preliminar destaca que desde 1960 houve "um grande avanço no sistema de saúde pública e de atenção primária" e uma melhora importante em educação, que permitiram ao Chile ter um registro de saúde materna comparável com o das nações desenvolvidas.
C-FAM acrescenta que tendo em conta que as leis chilenas protegem a vida do concebido, a diminuição da mortalidade materna "não pode ser atribuída ao acesso ao aborto legal".
Inclusive, indicou, as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentam o Chile como o país com "o índice mais baixo de mortalidade materna da América do Sul, enquanto que Guiana, que liberalizou significativamente suas leis em meados dos noventa argumentando preocupação pelo número de mortes maternas, conta com os registros mais altos".
C-FAM também cita um artigo de Irvine Loudon sujeito à arbitragem, publicado no American Journal of Clinical Nutrition no ano 2000, e que confirma que os principais fatores que conduziram a queda da mortalidade materna em todos os países desenvolvidos desde 1937, "parecem ter sido as sucessivas melhoras nos cuidados maternos".
"Como atualmente acontece no Chile, estes grandes avanços no mundo desenvolvido ocorreram antes que se liberalizasse o aborto. É por isso que, aparentemente, o que gera a redução do número de mortes maternas durante a gravidez e o parto é o melhoramento do acesso à assistência médica de qualidade em saúde materna", afirmou C-FAM.
"De fato, nações como a África do Sul, que conta com um dos regimes mais liberais em matéria de aborto, experimentaram um incremento no número de mortes maternas que se atribui, em parte, às complicações desencadeadas por causa do aborto legal", acrescentou.
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