SAN JOSÉ, Jan 17, 2005 / 14:31 pm
Os bispos do Secretariado Episcopal da América Central (SEDAC), denunciaram as políticas de organismos internacionais que ameaçam, em cada um dos países da região, a vida humana desde seus inícios.
No texto intitulado “Fica conosco Senhor”, –assinado em novembro mas publicado nesta semana– os bispos indicam que a vida do não nascido, a família, o matrimônio, a dignidade da mulher e a educação da juventude, “são objeto de agressões brutais disfarçadas com freqüência com roupagens aparentemente inofensivas”.
Diante desta situação, a Igreja na América Central reafirma sua “opção pela vida e pela dignidade da pessoa humana”. Além disso, recordam que “só Deus pode dispor” deste precioso dom”.
Em outra parte da mensagem, assinado por Dom José Ulloa Rojas, Bispo de Limón; e Dom Ángel San Casimiro, Bispo de Cidade de Quesada; presidente e secretário do SEDAC, os prelados assinalam que apesar das promessas da globalização, a pobreza aumentou; aumentando o fluxo migratório “para países que oferecem melhores oportunidades de trabalho”.
“O fenômeno da corrupção é uma realidade ativa muito forte e estendida em nossos países”, denúncia o documento. Acrescenta que este fenômeno, situado principalmente nos organismos públicos, trouxe como conseqüência a perda de credibilidade em pessoas e partidos políticos.
O SEDAC é enfático ao assinalar que isto se deve à ausência de valores e recorda que “o desenvolvimento dos povos tem que caminhar junto com um fortalecimento ético e espiritual”.
Fazendo referência ao fenômeno das gangues juvenis ou "maras", o texto explica que este tem entre suas causas a “desintegração familiar, pobreza extrema, marginalização, falta de oportunidades de estudo e de trabalho”, entre outras.
Neste sentido, explicam que o combate à delinqüência só será eficaz se se levar a cabo um tratamento integral, pois “um enfoque puramente repressivo sem dúvida gerará mais violência”.
O compromisso da Igreja
Depois de advertir uma crescente secularização na região, os bispos no América Central se comprometem a “impulsionar com mais decisão os caminhos da iniciação cristã e sua maturação ao longo da vida”, consolidando a catequese familiar.
Também se propõem criar mais comunidades missionárias, de acordo às distintas realidades e com um acento “mais personalizante e acolhedor”.
Além disso, chamam a vivificar as celebrações litúrgicas, “para que sejam mais cálidas e fraternas”, fazendo de quem “se congrega para celebrar o Dia do Senhor”, “grãos de trigo e uvas” que se oferecem a Cristo, comprometidos “na construção de seu Reino”.
Depois de recordar o chamado cristão à santidade, o SEDAC recorda a importância dos meios de comunicação da Igreja na difusão do Evangelho.
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