Aprender a amar é central na vida cristã, disse o Papa Bento aos jovens

VATICANO, Mar 24, 2010 / 12:35 pm

Em sua mensagem ao Cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, dicastério que organiza o 10° Foro Internacional dos Jovens, que se celebra desde hoje até o 28 de março em Rocca di Papa (Itália), o Papa Bento XVI recorda à juventude que "aprender a amar é central na fé e a vida cristã".

O Santo Padre explica que isto é fundamental porque "o ponto de partida de toda reflexão sobre o amor é o mistério de Deus, já que o coração da revelação cristã é este: ‘Deus caritas est’. Cristo, em sua Paixão, em sua entrega total, revelou-nos o rosto de Deus que é amor".

"Pelo fato de que Deus é amor e o homem está criado à sua imagem, compreendemos a identidade profunda da pessoa, sua vocação ao amor. O ser humano está feito para amar: sua vida se realiza plenamente somente se for vivida no amor", prossegue.

Bento XVI assinala logo que o amor assume formas diferentes segundo os estados de vida, e ao referir-se ao sacerdócio, entrevista as palavras de São João Maria Vianney, que afirma: "O sacerdócio é o amor do coração do Jesus".

"As pessoas consagradas no celibato também são um sinal eloqüente do amor de Deus pelo mundo e da vocação de amar a Deus por cima de tudo", adiciona.

"Descubram a grandeza e a beleza do matrimônio", exortou o Santo Padre aos jovens. "Mediante o sacramento do matrimônio os esposos estão unidos por Deus e com sua relação manifestam o amor de Cristo, que deu sua vida pela salvação do mundo", acrescenta.

"Em um contexto cultural no qual muitas pessoas consideram o matrimônio como um contrato temporário que se pode romper, é de vital importância compreender que o amor verdadeiro é fiel, entrega definitiva de si mesmo. Já que Cristo consagra o amor dos esposos cristãos e se compromete com eles, essa fidelidade não somente é possível, mais ainda, é o caminho para entrar em uma caridade cada vez maior".

Finalmente o Papa expressa o desejo de que o Foro sirva de estímulo aos jovens para "que se façam testemunhas" com seus coetâneos do que viram e escutaram. "É uma responsabilidade verdadeira e própria e a Igreja conta com vocês para isso. Seus companheiros têm um papel importante na evangelização dos jovens de seus países para que respondam com alegria e fidelidade ao mandamento de Cristo: ‘amai-vos uns aos outros como eu vos amei’", conclui.