VATICANO, Apr 30, 2010 / 04:16 am
Ao finalizar o concerto em sua homenagem organizada hoje pelo Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, no 5° aniversário de seu pontificado, o Papa Bento XVI destacou o grande valor pedagógico da música, em meio de um mundo hostil a uma adequada educação, e explicou que esta é "capaz de abrir as mentes e os corações à dimensão do espírito e conduz as pessoas a elevar o olhar para o Alto, a abrir-se ao Bem e ao Belo absolutos, que têm sua fonte última em Deus".
Depois da execução de algumas sinfonias de Sammartini, Mozart e Beethoven, por parte da Orquestra Juvenil Italiana, o Santo Padre se referiu aos aspectos positivos da música para a educação. Em particular, disse, reconhece-se o valor formativo da música em suas implicações de natureza expressiva, criativa, interpessoal, social e cultural, que assumem uma grande relevância, também, frente a uma realidade cotidiana em que não é fácil educar.
"No atual contexto social, de fato, cada obra de educação parecesse ser cada vez mais árdua e problemática: com freqüência entre os pais e os educadores se fala das dificuldades que se encontram para transmitir às novas gerações os valores fundamentais da existência e de um reto comportamento", disse o Papa, conforme assinala a nota divulgada pela Rádio Vaticano ontem.
O Papa disse logo que essas situações problemáticas implicam a escola e a família, assim como também as distintas instituições que trabalham no campo da formação. Por isso, ante as atuais condições da sociedade, necessitam um maior compromisso educativo a favor das novas gerações.
O Santo Padre manifestou ademais que "os jovens, embora vivam em contextos diferentes, têm uma comum sensibilidade para os grandes ideais da vida, mas encontram muitas dificuldades para vivê-los. Não podemos ignorar suas necessidades e suas expectativas, e tampouco os obstáculos e as ameaças que encontram".
Os jovens, continuou Bento XVI, "sentem a exigência de aproximar-se dos valores autênticos como a centralidade da pessoa, a dignidade humana, a paz, a tolerância e a solidariedade. Procuram também, de maneira às vezes confusa e contraditória, a espiritualidade e a transcendência para encontrar equilíbrio e harmonia".
Depois de renovar sua convicção de que nessa busca a música é capaz de conduzir a esse equilíbrio e a essa harmonia, o Papa recordou que a alegria do canto e da música são ademais um constante convite aos fiéis e homens de boa vontade a comprometer-se para dar à humanidade um futuro rico de esperança.
O Papa também ressaltou o valor coletivo da experiência de tocar em uma orquestra onde com paciência, exercício e escuta busca-se obter a melhor expressão musical em conjunto –ainda mantendo as características próprias– o que "constitui uma palestra formidável, não só no plano artístico e profissional mas sob um perfil humano global".
Bento XVI expressou seu agradecimento ao Presidente italiano que com sua comemoração manifesta o afeto que o povo italiano nutre pelo Papa, "um afeto que foi igualmente fervente em Santa Catarina de Sena, Padroeira da Itália, e de quem hoje festejamos sua memória litúrgica.
O Santo Padre manifestou ao final de seu discurso seu desejo de que "a grandeza e a beleza das peças musicais magistralmente interpretadas possam dar a todos uma nova e constante inspiração a aspirar a metas cada vez mais altas na vida pessoal e social".
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