24 de novembro de 2024 Doar
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Cáritas desenvolve intensa ajuda humanitária entre vítimas de tragédia na Ásia

Um relatório apresentado pela Cáritas Internationalis sobre a ajuda logo depois da tragédia no sudeste asiático revelou que as diversas Cáritas locais conseguiram compilar mais de 63 milhões de dólares nos diferentes países do mundo para assistir às vítimas dos maremotos.

O comunicado explica que “os recursos arrecadados pela rede Cáritas estão sendo remetidos diretamente às Cáritas dos países afetados à medida que estas solicitam novas verbas para financiar os trabalhos de emergência”.

Segundo o texto, Catholic Relief Services dos Estados Unidos, é a que mais dinheiro entregou com 25 milhões de dólares, seguida da Cáritas Áustria (mais de 9 milhões de dólares), Cáritas Espanhola (8,8 milhões); Cáritas Alemanha (5,8 milhões), Cáritas  Inglaterra com (3,5 milhões); Cáritas  Suíça (1,9 milhões); Cáritas  França (1,3 milhões), Cáritas  Irlanda (1,5 milhões); Cáritas  Austrália (1,2 milhões), Cáritas  Holanda (1,1 milhões); e Cáritas  Itália (812 mil dólares).

O relatório precisa que embora os países afetados pelos maremotos foram doze, a rede internacional de Cáritas –integrada por 162 Cáritas nacionais de todo o mundo– optou por fazer frente à emergência nos quatro países onde os danos humanos e materiais foram maiores: Indonésia, Índia, Sri Lanka e Tailândia.

Não obstante, mantém-se uma postura de proximidade para Bangladesh e de busca de informação em outros lugares como Myanmar (Birmânia).

Cáritas  Índia conseguiu chegar, a pedido do Governo, às zonas mais remotas que o Governo ainda não tinha conseguido atender.

No Sri Lanka, existem sérios riscos para a saúde por causa da contaminação das águas, a poluição do ar, as epidemias de tifo, diarréia, bronquite e pneumonia. Quanto a infra-estruturas, 21 mil e 885 casas ficaram destruídas,  mais de 93 mil têm danos e a população desabrigada se concentra em 611 centros de acolhida temporária.

Por isso, Cáritas Sri Lanka (SEDEC) organizou a uns mil grupos comunitários em todo o país, que estão federados por distritos e estão compostos, cada um, por centenas de voluntárias e líderes comunitários. Estes grupos contam com boa experiência para trabalhar nesta emergência porque já vinham desenvolvendo uma ativa ação humanitária com a população vítima da guerra civil que assola o país há décadas.

Na Tailândia, além das vítimas mortais entre turistas, os grupos mais afetados foram os mais vulneráveis: pescadores, pequenos comerciantes, pessoal dos serviços turísticos e próximos que visitavam seus familiares residentes na costa. As necessidades atuais da população afetada são: assistência psicológica, sacos para os cadáveres, comida, roupa e assistência sanitária, informou Cáritas.

COERR–Cáritas Tailandesa, junto com a Conferência Episcopal Tailandesa, estão levando a cabo as primeiras ações de emergência, nas que têm ampla experiência pelo trabalho que desenvolvem habitualmente: assistência a vítimas de desastres naturais, acolhida a refugiados que chegam de países limítrofes e acompanhamento à população tailandesa das áreas fronteiriças afetada pelo influxo de refugiados.

A Cáritas Tailândia dispõe de uma equipe de 80 pessoas trabalhando em todo o país. As congregações religiosas em Tailândia puseram a serviço da emergência a 30 religiosas durante um período inicial de 6 meses.

No Indonésia, começam-se a registrar casos de diarréia, doenças de pele e respiratórias, assim como numerosos casos de trauma psicológico. Fontes de Cáritas destacam três problemas como principais no Indonésia: a dificuldade de coordenação entre as ONG e as agências do Governo; a dificuldade para chegar às zonas mais afetadas e remotas, e a falta de condutores, que agravam o problema do transporte. E finalmente, como uma das necessidades mais urgentes está a atenção psicológica às vítimas, já que há poucas organizações estão oferecendo esse tipo de ajuda.

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