VATICANO, Jan 21, 2005 / 15:43 pm
O Papa João Paulo II assegurou hoje que “a fé em Cristo morto e ressuscitado” permite à Igreja dar uma resposta às mais delicadas e ineludibles questões que surgem na alma humana frente ao sofrimento, a doença e a morte”.
“A fé em Cristo morto e ressuscitado faz com que essas perguntas encontrem o consolo da esperança que não nos decepciona”, assinalou o Pontífice ao receber no Vaticano 60 membros do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, que celebram sua sessão plenária.
Segundo o Papa, “o mundo atual, que freqüentemente não possui a luz desta esperança, sugere soluções de morte. Desde aí a urgência de promover uma nova evangelização e um testemunho forte de fé ativa nestes setores amplamente secularizados".
"Este momento –adicionou– supõe um estímulo eficaz para redobrar seus esforços em pôr em prática os programas para 'difundir, explicar e defender os ensinamentos da Igreja em matéria de saúde e favorecer sua penetração na praxe sanitária', como se explica no Motu Proprio 'Dolentium hominum' com o qual se estabeleceu esse Pontifício Conselho".
O Papa recordou que esse dicastério completa 20 anos em 2005 e seu propósito é "a difusão do Evangelho da esperança cristã no vasto mundo dos que sofrem e dos que estão chamados a cuidá-los".
"O Pontifício Conselho faz muito bem, portanto, centrando suas reflexões e programas sobre a santificação do momento da enfermidade e sobre o papel especial que tem o doente na Igreja e na família em virtude da presença viva de Cristo em todos os seres humanos que sofrem".
Finalmente, assegurou que “os responsáveis pela Igreja devem prestar uma atenção estimulante e ativa às estruturas onde o doente sofre às vezes formas de marginalização e de carência de ajuda social”.
“Essa atenção deve fazer-se também extensiva aos setores do mundo onde os doentes mais necessitados, apesar dos progressos da medicina, carecem de fármacos e assistência adequada. A Igreja deve conceder uma atenção particular a essas zonas do mundo onde os doentes de AIDS se vêem privados de assistência. Para eles se criou especialmente a fundação 'O Bom Samaritano', cuja missão é contribuir a ajudar às populações mais vulneráveis com os meios terapêuticos necessários", indicou.
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