VATICANO, Jul 31, 2010 / 08:03 am
O secretário do Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz, Dom Mario Toso, denunciou que os cristãos se converteram no grupo religioso mais perseguido no mundo na ocasião de um encontro ante a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
Segundo a informação divulgada pela agência católica AICA, Dom Toso presidiu a delegação da Santa Sé que nos dias 29 e 30 de junho participou da Conferência sobre a tolerância e a não discriminação, organizada pela OSCE, uma organização conformada por 56 Estados participantes, da Europa, Ásia Central e América do Norte (Canadá e Estados Unidos). No encontro prestaram particular atenção à discriminação contra os cristãos e membros de outras religiões.
"Com o crescimento da intolerância religiosa no mundo, está amplamente documentado que os cristãos são o grupo religioso mais discriminado", alertou o representante pontifício.
E acrescentou: "mais de 200 milhões deles, pertencentes a confissões diferentes, encontram-se em situações de dificuldade por causa de instituições e contextos legais e culturais que os discriminam".
Acima de tudo deixou claro que os cristãos não só são discriminados onde são minoria, mas também além se comprovou que em ocasiões seus direitos fundamentais são cerceados mesmo quando são maioria.
Inclusive na OSCE, afirmou monsenhor Toso, em alguns países existem ainda "leis intolerantes e discriminantes" contra os fiéis.
"Sucedem episódios repetidos de violência inclusive assassinatos de cristãos", advertiu o prelado.
"Com freqüência, a educação cívica tem lugar sem o devido respeito da identidade e a fé dos cristãos. registram-se, além disso, sinais claros de oposição ao reconhecimento do papel público da religião", constatou o arcebispo.
Por este motivo, sublinhou Dom Toso, "a Santa Sé está convencida de que a comunidade internacional deveria lutar contra a intolerância e a discriminação dos cristãos com a mesma determinação com a que luta ou lutaria contra o ódio contra todas as comunidades religiosas".
Por outra parte, assinalou, "os meios de comunicação tampouco ficam isentos de atitudes de intolerância e, em alguns casos, de denigrar os cristãos e os fiéis crentes em geral".
"Um autêntico pluralismo nos meios de comunicação exige uma correta informação sobre as diferentes realidades religiosas, assim como a liberdade de acesso aos meios para as mesmas comunidades religiosas".
No respeito da liberdade de pensamento e de expressão, o secretário pediu adotar "mecanismos e instrumentos contra a manipulação dos conteúdos e símbolos religiosos, assim como contra as manifestações de intolerância e de odeio contra os cristãos e todos os crentes".
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