23 de novembro de 2024 Doar
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Corte Suprema decidiu contra o bem-estar das crianças, diz Instituto mexicano

Logo depois da aprovação por parte da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) do México para que os casais do mesmo sexo possam adotar menores, o Instituto Mexicano de Orientação Sexual (IMOS) assinalou ontem que este tribunal tomou uma decisão que vai em contra do bem-estar dos crianças. Com isto, explica, ignorou-se o direito dos pequenos a ter uma mãe e um padre.

O presidente do IMOS, Oscar Rivas, disse também que sua instituição respeita a decisão mas não a compartilha porque com isso se constitui um alto fator de risco para os crianças. Também recordou que uma ampla maioria da sociedade está convencida de que o matrimônio está conformado unicamente por um homem e uma mulher sobre quem se funda a família e portanto a sociedade.

Rivas alertou também que a decisão da SCJN não considera o mandato do artigo 4 da Constituição que exige privilegiar o bem superior do menor e que com esta decisão o Estado pretende experimentar com as crianças passíveis de adoção por parte de homossexuais.

O IMOS, assinala o diário Milenio, reitera que a adoção de meninas e meninos no México por parte de um casal homossexual, representa um fator de alto risco, conforme o assinalam estudos científicos representativos do Brasil, Holanda, Noruega, Inglaterra, Estados Unidos, Nova Zelândia, França e Austrália que concluem com suficiente claridade, que as pessoas com condutas homossexuais configuram "um perfil de risco" em contra do bem-estar dos crianças adotadas.

Rivas disse também que em comparação com as pessoas heterossexuais, os homossexuais apresentam maiores problemas como tentativas reais de suicídio, depressão e consumo de substâncias aditivas; são mais propensos a desenvolver condutas de risco em matéria de enfermidades de transmissão sexual e têm uma tendência significativamente maior a sofrer violência em sua vida de casal.

Finalmente Oscar Rivas exortou aos governos dos 24 estados onde legalmente existe um reconhecimento ao matrimônio entre homem e mulher (22 códigos civis e 2 constituições) a que reforcem sua legislação em benefício e amparo das crianças que podem ser dadas em adoção.

Por outro lado, no fim de semana o Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, pôs em dúvida a retidão de intenção dos ministros da corte ao assinalar que "eu acredito que (os juízes) não chegam a essas conclusões tão absurdas que vão em contra do sentimento do povo do México se não for por motivos muito grandes. E o motivo muito grande pode ser o dinheiro que lhes dão".

Para o Cardeal, a adoção homossexual constitui "uma aberração" e questionou logo aos jornalistas presentes: "vocês gostariam de ser adotados por um casal de gays ou de lésbicas?"

"Entretanto, estas são propostas do PRD, mas não só no México; está Zapatero na Espanha ou na Itália também há gente que quer propor tudo isso contra a família", acrescentou

Para o Arcebispo de Guadalajara, "A Suprema Corte é a suprema decepção, porque não sabem aonde ir, porque um após o outro dos seus ditames foram equivocados e contra a verdade e contra o México e a família".

O Cardeal disse além que "vocês sabem que há dois sexos nas plantas, nos animais dois sexos e no ser humano dois sexos, então isso é o natural e não se deve ir contra a natureza".

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