Roma, Nov 12, 2010 / 13:14 pm
O Secretário de estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, recordou que a investigação sobre as células tronco deve respeitar sempre a dignidade do homem e evitar a eliminação de vidas humanas, ao advogar por um exercício da medicina que defenda cada pessoa desde a concepção.
Na abertura do congresso "As células estaminais cerebrais para a cura das doenças neuro-degenerativas: Os desenvolvimentos da investigação" promovido pela Fundação Casa de Alívio do Sofrimento – Obra de São Pio da Pietrelcina, o Cardeal pediu aos participantes "encher de significado ético todo processo de desenvolvimento de suas estruturas em seus programas de investigação".
O Secretário de estado ressaltou que "a ciência pode contribuir muito à humanização do mundo e a humanidade. Entretanto também pode destruir o homem e o mundo, se não estar orientada por forças que se encontram fora dela. Não é a ciência a que redime ao homem, mas é o homem quem é redimido pelo amor".
O Cardeal Bertone assinalou logo que "o objetivo primário de qualquer estrutura sanitária pública ou privada é que aspire à excelência" e está em "transferir os resultados das investigações científicas diretamente ao leito do doente, considerando a didática e a formação como fases insubstituíveis em todo processo de diagnose e cura".
Essa direção, prosseguiu, "deve encontrar sólidas bases na visão integral da pessoa, no respeito de sua dignidade e das necessidades assistenciais, espirituais e as relacione".
Depois de recordar que para o Santo Padre Pio de Pietrelcina a dimensão espiritual das pessoas promove as virtudes de quem serve direta ou indiretamente os doentes, o Cardeal destacou que a cura dos que sofrem é expressão "do amor de Deus, mediante a reclamação da caridade" que "não deve estar colocada somente na base de todo itinerário espiritual, mas deve orientar as opções dos crentes e das entidades de inspiração cristã".
A doutrina católica alenta a investigação com células tronco obtidas de pessoas adultas ou de outras fontes que não suponham a eliminação de um ser humano, como as que se obtêm, por exemplo, de cordões umbilicais de crianças recém-nascidos.
Por outro lado o purpurado repudia a investigação com as células estaminais que provêm de embriões humanos, porque implicam sua eliminação, quer dizer, um aborto. Pelo resto, enquanto o uso de células não-embrionárias mostrou importantes resultados científicos, e as que supõem o aborto fracassaram repetidamente.
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