24 de novembro de 2024 Doar
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Sacerdotes centrados em Cristo devem ser luz do mundo e da Igreja, diz o Papa

Em seu discurso aos participantes da assembléia geral da Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu pelo seu 25º aniversário, o Papa Bento XVI assinalou que os sacerdotes unidos profundamente a Cristo e permanentemente renovados devem ser luz do mundo e da Igreja.

Em suas palavras à rama sacerdotal do movimento Comunhão e Libertação, o Santo Padre assinalou que "o sacerdócio cristão não é um fim em si mesmo. Foi querido por Jesus em função do nascimento e da vida da Igreja. Por isso, todo sacerdote pode dizer aos fiéis, parafraseando a Santo Agostinho: Vobiscum christianus, pro vobis sacerdos. A glória é a glória do sacerdócio e de servir a Cristo e ao seu Corpo místico".

O Papa destacou ademais que "a presença de vocações sacerdotais é um sinal seguro da verdade e da vitalidade de uma comunidade cristã. De fato Deus chama sempre, também ao sacerdócio, já que não há crescimento verdadeiro nem fecundo na Igreja sem a autêntica presença sacerdotal que a sustente e a alimente".

Depois de recordar que o sacerdócio deve ser renovado continuamente, o Papa disse que "os diversos caminhos desta renovação não podem deixar de lado alguns elementos irrenunciáveis. Ante tudo uma educação profunda à meditação e a oração, vividas como diálogo com o Senhor ressuscitado presente em sua Igreja".

Em segundo lugar, prosseguiu, "um estudo da teologia que permita encontrar as verdades cristãs na forma de uma síntese ligada à vida da pessoa e da comunidade: só um olhar sapiencial pode de fato valorizar a força que a fé possui para iluminar a vida e o mundo, conduzindo continuamente a Cristo, Criador e Salvador".

O Papa se referiu também à necessidade da vida comunitária para os sacerdotes e explicou que "a vida em comum não é somente uma estratégia para responder a estas necessidades. Não é tampouco, por si mesma, só uma ajuda ante a solidão e a debilidade do homem. Tudo isto pode ser, certamente, mas só se a vida fraterna for concebida e vivida como caminho para ingressar na realidade da comunhão".

Logo depois de afirmar que a vida em comum tem seu sustento na comunhão com Cristo, Bento XVI assinalou que "viver com outros significa aceitar a necessidade da própria e contínua conversão e sobre tudo descobrir a beleza de tal caminho, a alegria da humildade, da penitência, mas também do diálogo, do perdão efetivo, do mútuo acompanhamento".

"Ninguém pode assumir a força regeneradora da vida comum sem a oração, sem olhar a experiência e o ensinamento dos Santos, em particular modo dos Padres da Igreja, sem uma vida sacramental vivida com fidelidade".

O Papa advertiu logo que "se não se entra no diálogo eterno que o Filho tem com o Pai no Espírito Santo nenhuma autêntica vida comum é possível. É necessário estar com Jesus para poder estar com os outros. Este é o coração da missão".

"Em companhia de Cristo e dos irmãos todo sacerdote pode encontrar as energias necessárias para fazer-se responsável pelos homens, pelos necessitados espiritual e materialmente que encontre, para ensinar com palavras sempre novas, ditadas pelo amor, as verdades eternas da fé da qual têm sede nossos contemporâneos".

Finalmente o Santo Padre exortou: "continuem indo por todo mundo para levar a todos a comunhão que nasce do coração de Cristo! Que a experiência dos Apóstolos com Jesus seja sempre o farol que ilumine nossa vida sacerdotal!"

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