BRASILIA, Feb 18, 2011 / 13:19 pm
Os bispos da Presidência da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, Dom Luis Soares Vieira e dom Dimas Lara Barbosa, foram recebidos em audiência, nesta quinta-feira, 17, pela presidente, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Na audiência os bispos entregaram um documento sobre a reforma do Estado e não trataram o tema do aborto.
Os prelados conversaram por pouco mais de 40 minutos com a presidente sobre temas como os trabalhos sociais de fronteiras, a assistência aos aidéticos, aos dependentes químicos, pessoas com deficiência e filantropia. Outros temas que fizeram parte da pauta foram a erradicação da miséria e da fome, economia solidária, agricultura familiar.
A Presidência da CNBB discutiu também com a presidente Rousseff a questão dos povos indígenas e quilombolas, água para a população do nordeste, reformas política e agrária e o Código Florestal, informou o portal da Conferência Episcopal.
Segundo o Portal Canção Nova Notícias, Dom Geraldo Lyrio Rocha informou ainda que temas como o aborto e a transposição do Rio São Francisco não foram discutidos com a presidente, já que o encontro era “uma oportunidade para que a presidência da CNBB pudesse saudar a presidente da República no início de seu governo”.
O Jornal o Estado de São Paulo informou ontem, 17, que por sua parte, o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barabosa considerou que "o momento não era adequado para discutir esse assunto", referindo-se ao aborto.
«"A questão do aborto ficou resolvida na própria campanha", emendou ele, esquivando-se de tratar do assunto e lembrando que esta foi a primeira reunião de representantes da Igreja com Dilma, depois que ela assumiu a Presidência», reportou o Estadão.
Segundo Dom Geraldo Lyrio Rocha, a presidente Dilma acolheu com muita atenção os assuntos apresentados pela CNBB. Ao final da audiência, a presidente pediu a dom Geraldo que benzesse a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que ela traz junto à sua mesa de trabalho.
“Nós entregamos nosso documento sobre a reforma do Estado com a participação democrática. Ela [a presidente Dilma] demonstrou interesse e também disse que vai contar com a participação da CNBB, junto com as outras entidades da sociedade civil, nessa discussão”, afirmou o prelado em declarações reunidas pelo Portal Canção Nova Notícias.
“Nós viemos mais para partilhar nossas posições do que pedir a opinião do governo (…) e também formular votos de sucesso, porque o sucesso do governo significa, para nós, o sucesso do povo brasileiro”, explicou.
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