Buenos Aires, Mar 26, 2011 / 13:44 pm
Ao celebrar-se hoje na Argentina e em distintas partes do mundo o Dia da Criança por Nascer (Dia do Nascituro), o jornal La Nación solicitou à Presidenta Cristina Fernández de Kirchner um maior compromisso pela defesa da vida quando na câmara de deputados se debate um projeto que procura despenalizar o aborto.
Em um de seus editoriais deste 25 de março, La Nación recorda que "o Episcopado argentino declarou 2011 Ano da Vida, para defender o nascituro ameaçado por tantos projetos de legalização do aborto".
No último 1 de março a presidenta Cristina Fernández "proclamou sua defesa à vida, e o fez no marco de outorgar amparo à mulher grávida mediante apoio econômico a esta" a partir dos três meses de gestação com a atribuição universal por filho.
"Embora seja fundamental que, como mulher e como presidenta, Cristina Fernández de Kirchner se adira a este postulado universal, e reconheça o primeiro e essencial direito à vida, o apoio não é suficiente", precisa o texto.
Depois de afirmar que a vida humana existe a partir da união do óvulo com o espermatozóide, o editorial ressalta que toda mãe "tem direito à sua maternidade, direito a que lhe seja facilitada a possibilidade de ser mãe e de não ver-se empurrada por razões sociais, psicológicas ou econômicas a procurar um aborto que terminará por fazer- lhe mais mal que bem".
O editorial de La Nación assinala também que o papel do Estado neste tema "deveria ser o de proteger em todo sentido o direito à vida da criança, logicamente apoiando a mãe grávida, mas não a partir dos três meses de gravidez, mas precisamente a partir do momento em que ela tenha consciência deste, que é quando ela mais necessita o apoio para não se desprender da criança".
No caso das gravidezes não desejadas, prossegue o texto, o Estado deve ajudar as mães a continuar com a gestação, brindando-lhes ajuda psicológica e material, e ajudando- as a abrir o "caminho da adoção com todas as garantias possíveis".
O editorial afirma que sempre se deve ajudar as mães argentinas para que "não matem os seus filhos, mas para que saibam que dar a vida é uma glória, não importa a forma da gravidez".
Dessa forma, conclui o texto referindo-se ao caso de uma mãe que dá ao seu pequeno em adoção, "essa mãe saberá que, embora não pôde conservar o seu filho, que deu à luz um novo ser, e este será um cidadão útil que sempre lhe agradecerá pela vida. Por isso é bom festejá-la e cuidá-la, desde o seu início".
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