Buenos Aires, Apr 1, 2011 / 15:31 pm
O Arcebispo de La Plata (Argentina), Dom Héctor Aguer, disse que Shahbaz Bhatti, ex-ministro das Minorias Religiosas assassinado no Paquistão, é um exemplo de mártir para os cidadãos e políticos argentinos, porque pôs seu serviço a Cristo acima de sua própria vida.
Bhatti foi assassinado no dia 2 de março por terroristas talibãs devido à sua oposição à Lei de Blasfêmia, sob a qual foi condenada à morte a cristã a Ásia Bibi e são ameaçados os não-muçulmanos.
Em seu programa de televisão Chaves para um Mundo Melhor do dia 26 de março, Dom Aguer disse que "exemplos como o de Shahbaz Bhatti devem nos infundir coragem. Nós não passamos por uma situação de perseguição destas características embora a cada certo tempo surge na sociedade argentina, em pequenos setores, com um ressentimento e um ódio anti-católico bem marcado".
O Prelado citou extratos do testamento espiritual do ex-ministro católico, no qual afirmou que "foi o amor de Jesus o que me induziu a oferecer meus serviços à Igreja. As espantosas condições em que se encontravam os cristãos do Paquistão me causaram uma profunda confusão".
Bhatti disse em seu testamento que foi "uma sexta-feira de Páscoa, quando tinha 13 anos", quando decidiu colocar-se ao serviço dos cristãos perseguidos, apesar das ameaças.
"Minha resposta foi sempre a mesma: Não quero popularidade nem posições de poder quero apenas um lugar aos pés de Jesus (...). Tal desejo é tão forte que me considerarei privilegiado no caso que Jesus queira aceitar o sacrifício de minha vida", afirmou o ex-ministro.
Dom Aguer assinalou que assim como no Paquistão, são vários os países, sobre tudo de maioria islâmica, onde os cristãos são perseguidos e inclusive assassinados.
Assinalou que no caso da Argentina se percebe outro tipo de perseguição. "Por exemplo em algumas universidades. Na maior parte das universidades nacionais vêem como se despreza a fé, muitos professores se dão o luxo de ultrajar verdades da fé e os fiéis e tudo isso infunde temor a tantos rapazes e moças”.
Dom Aguer alentou os católicos a não sentir-se encurralados, mas "conservar a coragem de professar sempre com claridade nossa fé sem medo algum".
Finalmente afirmou que "é comovedor como o único que este homem paquistanês pensava e levava em seu coração era agradar a Jesus Cristo e diz (em seu testamento): eu gostaria de poder terminar este trabalho que estou fazendo para poder olhar com confiança ao Senhor quando me encontrar com Ele".
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