25 de novembro de 2024 Doar
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Cardeal Geraldo Majella destaca as virtudes da Irmã Dulce e chamado universal à santidade

O arcebispo emérito de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, foi o delegado do Papa Bento XVI para a beatificação da Irmã Dulce dos Pobres, que aconteceu ontem, 22, em Salvador. Em sua homilia, divulgada pela CNBB, o arcebispo emérito destacou as virtudes da nova beata e a alegria do povo, principalmente a do povo baiano, com a beatificação.

“Contemplamos a vida santa da Irmã Dulce, com todos os frutos em favor não só dos carentes de tudo, especialmente da saúde, mas também do testemunho da sua união com Deus, através da escuta e contemplação da sua Palavra e da comunhão diária do seu Corpo e do seu Sangue na celebração da Eucaristia que é a oferta do sacrifício redentor de Cristo ao Pai celeste”, destacou Dom Majella.

“Hoje, estamos celebrando a santidade de Deus que deseja ver reproduzida em cada um de seus filhos. Estamos celebrando a vitória do amor de Deus no coração desta criatura tão pequenina e frágil para realizar tantos milagres de amor. O que é a santidade de Deus? Deus é o Amor infinito e por isso é a verdade, é a justiça, é a misericórdia, é o perdão, é a bondade”, disse o prelado.

Segundo o cardeal Majella, “a santidade cristã consiste na união com Cristo. O Concílio Vaticano II, na Constituição conciliar, Lúmen gentium, afirma que: “A Igreja é indefectivelmente santa. Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito é proclamado “o único santo, amou a Igreja como sua esposa, entregou-se por ela para santificá-la e uniu-a a si, como seu corpo, enchendo-a do dom do Espírito Santo para a glória de Deus”.

“Por isso, todos os membros da Igreja, tanto os que pertencem à hierarquia quanto os que são dirigidos por ela, são chamados à santidade, segundo as palavras do Apóstolo: ‘porquanto, é esta a vontade de Deus: a vossa santificação’”, concluiu.

Logo em seguida, afirmando que a santidade é um chamado universal o arcebispo emérito afirmou: “Todos os fieis devem ser santos em sua conduta moral, porque devem agir em conformidade com o que são na ordem do ser; como criaturas que vivem na Igreja que é santa. A Igreja é santa porque Cristo, “o único santo”, a amou como sua esposa e se entregou por ela para santificá-la”.

“A união e santificação com Cristo têm como decorrência a sua prova através do amor aos nossos semelhantes”.

“Meus queridos irmãos e irmãs, viver a santidade como já disse não é privilégio para algumas pessoas, mas é dever de todo cristão batizado”, enfatizou.

“Alguns se destacam com maior evidência por um dom especial a fim de se tornarem exemplo e questionamento para a sociedade que vive sem se importar com os desfavorecidos e necessitados. Irmã Dulce foi privilegiada neste aspecto, em não colocar limites no Amor a Deus e aos irmãos”, destacou o prelado recordando a caridade da bem-aventurada.

“Desejamos que esta beatificação seja em nossa Arquidiocese de modo particular um momento forte de fé, de retomada de consciência do nosso compromisso batismal, de nos tornar missionários da caridade fraterna com todas as pessoas”.

“A Beata Irmã Dulce em toda a sua vida foi e é a mensageira e missionária do amor”, concluiu o Cardeal.

A homilia completa está no site da CNBB e pode ser vista em:
http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/6636-beatificacao-homilia-de-dom-geraldo-majella-destaca-as-virtudes-de-irma-dulce

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