19 de dezembro de 2024 Doar
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Bispo de Coimbra lamenta falta de vocações ao despedir-se da diocese

O bispo Dom Albino Cleto lamentou este domingo que o número de vocações religiosas não tenha sido maior durante os dez anos em que dirigiu a diocese de Coimbra e fez votos para que o seu sucessor, Dom Virgílio Antunes, ex-reitor do Santuário de Fátima, encontre a Igreja diocesana «esperançosa e aberta a uma dinamizadora pastoral juvenil».

Em declarações reunidas pela Agência Ecclesia do episcopado português, o prelado afirmou que “pesa-me, como primeiro responsável, que não tenhamos mais jovens desejosos do sacerdócio, mais homens e mulheres oferecidos como consagrados” na última celebração que presidiu como bispo diocesano de Coimbra.

Segundo recorda a Agência Ecclesia, Dom Albino Cleto, que no dia 10 de julho será substituído na cadeira episcopal pelo novo bispo, Dom Virgílio Antunes, salientou que os 18 seminaristas da diocese são um sinal da “resposta de Deus” às preces e necessidades na diocese.

O prelado, que em março completou dez anos como bispo de Coimbra, salientou também que “não faltam” leigos “generosos” e a identidade de uma diocese “permanece imutável” aos tempos e às novas exigências, caracterizando-se pela “presença de um pastor”, de “quem tenha recebido, por transmissão em cadeia, os poderes que Jesus confiou aos doze [apóstolos]”.

“Essencial para a Diocese a garantia das fontes da Palavra divina e da graça dos Sacramentos, fontes garantidas pela presença operante do Bispo”, que espalha a “graça” através dos seus “primeiros colaboradores” – “padres” e “diáconos” – e mediante o “testemunho e o trabalho” dos “leigos”, acrescentou.

Dom Albino Cleto, de 76 anos, fez votos para que o sucessor “encontre a Diocese esperançosa e aberta a uma dinamizadora pastoral juvenil”.

O atual administrador apostólico de Coimbra recordou os quase 1500 anos de presença episcopal nas “terras de Conímbriga”, nomeadamente os “bispos sacrificados que alentaram os batizados nos tempos duros da ocupação muçulmana”.

Na homilia, Dom Cleto evocou também prelados “ilustres que consagraram Coimbra como cátedra de saber, humanístico e teológico, e como viveiro de missionários”, além de “bispos sofredores que padeceram lutas e privações nos perturbados dias da implantação da República”.

Segundo recorda a nota da Agência Ecclesia, Dom Albino Cleto nasceu em 1935 no concelho de Manteigas, distrito e diocese da Guarda, tendo sido ordenado padre em 1959 e nomeado pelo Papa João Paulo II para bispo auxiliar de Lisboa em 1982.

No ano de 1997 foi nomeado bispo coadjutor de Coimbra, diocese de que viria a tomar posse em 2001, e forma parte atualmente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais da CEP.

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