19 de dezembro de 2024 Doar
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Depois do atentado os católicos no Iraque não deixarão de testemunhar a Cristo

Dom Louis Sako

Depois do atentado terrorista perpetrado por extremistas muçulmanos no dia 2 de agosto contra uma igreja siro-católica na cidade de Kirkuk (Iraque), o Arcebispo desta cidade, Dom Louis Sako, assinalou que ele e outros católicos "não deixaremos jamais de testemunhar a Cristo".

Assim indicou o Prelado em diálogo com a organização internacional católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) logo após o ataque à igreja da Sagrada Família que deixou 20 feridos entre os quais estava um bebê de apenas 20 dias e o Pe. Imad Yelda do mencionado templo.

Após o atentado que causou ainda maiores destroços porque a bomba explodiu junto a um gerador de eletricidade, Dom Sako afirmou que "estamos chocados. Atacar um lugar santo como uma igreja faz o crime ainda mais sério, e atacá-lo em um tempo sagrado –o Ramadã– faz tudo ainda pior".

"Atacar assim e arriscar a vida das pessoas desta forma é um pecado", recordou o bispo e assegurou logo que "diante do que aconteceu, jamais nos renderemos. Seguiremos em nossa missão. Nunca deixaremos de testemunhar a Cristo".

Dom Sako contou que a explosão ocorreu quando na Catedral de Kirkuk 150 jovens estavam reunidos em uma conferência de verão para tratar alguns temas religiosos. "Depois do ataque lhes perguntei se seguiriam comparecendo e o fizeram. Este é um importante sinal de esperança", acrescentou.

O Prelado sustentou uma reunião no dia 3 de agosto com líderes muçulmanos sunitas e xiitas para solicitar-lhes uma clara condenação do atentado aos quais pediu "que digam que o aconteceu está mal, que deve-se acabar com estes fatos que ferem e matam pessoas. Estou seguro que os imãs condenarão estas ações".

O Arcebispo afirmou logo que ainda não se conhece com certeza a identidade dos terroristas, mas em sua opinião as razões do atentado seriam políticas.

"Os que estão atrás destes ataques têm como alvo os cristãos. Mas não tem sentido nos atacar porque não temos um papel importante na política. Não somos perigosos para eles já que todos sabem que somos frágeis, pacíficos e queremos o diálogo", concluiu.

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