ROMA, Nov 15, 2011 / 12:31 pm
O funcionário da Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano, Monsenhor Mellon Djivoh Houenagnon, natural de Benin e ex-colaborador do Papa Bento XVI, afirmou que a visita do Santo Padre a seu país, encherá de vigor e força o impulso da Igreja Católica em todo o continente africano.
Em entrevista concedida ao grupo ACI, Mons. Mellon explicou que esta viagem do Papa "é como dar as boas-vindas a um Pai que chega à sua casa".
"Meu povo está muito feliz por recebê-lo, eles dizem: Finalmente teremos o Papa conosco", explicou.
"Para mim, é realmente uma grande emoção. Vi o Papa aqui, em Roma, e, além disso, trabalhamos juntos durante quatro anos e meio (na Congregação para a Doutrina da Fé da qual o então Cardeal Ratzinger foi Prefeito mais de 20 anos). Definiu-nos como seus colaboradores".
O Santo Padre nos considera "sua família", expressou.
O sacerdote indicou que no país africano, todos estão felizes pela chegada do Santo Padre, e se desenvolve todo um ritual para dar as boas-vindas a Bento XVI.
"Todos se sentem envolvidos nos preparativos. Recentemente, escutei um amigo protestante que me disse: ‘Ouça, estamos fazendo tudo o que podemos para dar as boas-vindas ao seu Santo Padre’".
"Isso me deixou muito feliz, saber que até os protestantes estão fazendo tudo o que podem para unir-se a nós em uma única mensagem de paz, de reconciliação e justiça", afirmou.
Em meu país, disse Mons. Mellon ao grupo ACI, "as pessoas precisam ouvir que estar com Cristo é a carta ganhadora, precisam ser evangelizados, porque em Cristo podemos realmente resolver todos os problemas que apresenta a vida", e esta "seria uma mensagem de paz e reconciliação".
Mons. Mellon explicou que Bento XVI tem três razões essenciais para visitar seu país. Em primeiro lugar, "a entrega da Exortação Pós-sinodal –Africae Munus (O compromisso da África)–, do Papa a todos os presidentes das conferências episcopais do continente".
Em segundo lugar, "este ano o Benin celebra o 1500º. aniversário da evangelização das missões africanas –desde 1861–, apesar de que a evangelização nessas terras começou três séculos antes".
E em terceiro lugar, "trata-se de uma questão de afeto. O Papa rezará ante a tumba de do Cardeal Gantin, uma grande figura para a Igreja Católica na África, mas também da Cúria Romana, porque ele esteve na Congregação para os Bispos e foi Decano do Colégio Cardinalício".
No Benin, "hoje nos sentimos próximos ao Papa, em sua alegria e tristeza, tudo o que ele faz pela fé em nosso mundo de hoje", concluiu o funcionário vaticano.
Benin é um pequeno país situado no centro leste da África, onde ao redor de três milhões de pessoas. 34 por cento da população é Católica.
No país, a Igreja Católica atua dirigindo uma dúzia de hospitais; 64 ambulatórios; três centros dedicados a doentes de lepra; sete casas dedicadas à ajuda de jovens, anciões e deficientes físiscos; 41 orfanatos; três centros de consultoria para o amparo da vida; e 17 centros de educação e reeducação social.
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