BRASILIA, Mar 1, 2005 / 14:48 pm
Diante dos recentes debates abertos pela criação de uma Comissão do Aborto, formada por representantes dos poderes Executivo e Legislativo e da sociedade civil para discutir a legislação dessa prática, e sua tentativa de excluir a Igreja de suas discussões, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Majella Agnelo, disse na sexta-feira, dia 25, que a instituição pretende ocupar uma vaga, pois "em uma comissão assim, tão ampla, é oportuna a participação da CNBB", afirmou o Cardeal.
Segundo Dom Agnelo, a posição contrária ao aborto prevalece na Igreja Católica. "Não vemos como possível permitir o aborto, mas, no caso em que uma mulher tenha tentado, ela deve ser amparada, porque muitas procuram o aborto e encontram a morte", ressaltou.
A comissão começará as reuniões no fim de março. O objetivo do grupo é unificar os diferentes projetos que tramitam sobre o tema, em sua maioria buscando sua legalização, mas a dificuldade da formação de tal Comissão é a falta de abertura a instituições contrárias ao aborto, como a Igreja Católica. O texto final que será redigido, será transformado em um projeto de Lei e encaminhado ao Congresso Nacional.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, o aborto pode ser punido com detenção de um a três anos. "Acreditamos que esta pena não é eficaz. Ela amedontra, mas não impede", concluiu o presidente da CNBB.
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