Vaticano, Nov 30, 2011 / 19:59 pm
O Arcipreste da Basílica de São Pedro do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri, compartilhou em entrevista exclusiva com o grupo ACI uma oração para convidar a todos à preparação para o Natal e recordar os católicos da importância de preparar os presépios em seus lares.
O Cardeal Comastri, explicou em uma entrevista concedida ao grupo ACI na sexta-feira 25 de novembro na Basílica da Santa Maria del Popolo, que o presépio é a fotografia do maior e mais impensável acontecimento da história.
"Deus se fez homem para nos restituir as características humanas que nós tínhamos perdido por causa da infecção do pecado do orgulho e do egoísmo", indicou.
O Cardeal recordou que este acontecimento ensina o ser humano a entender que sua verdadeira função é a vida não é outra coisa que oferecer-se a outros.
"Graças a que Deus se fez homem, é possível chegar a ser como Francisco de Assis, chegar a ser como Santa Teresa de Lisieux, chegar a ser como Madre Teresa de Calcutá, chegar a ser como João Paulo II", exclamou.
"O Natal é a razão desta nova humanidade, e por isso o Natal e o presépio que o representa é para nós a imagem mesma do otimismo", afirmou.
O Cardeal animou a colocar os presépios nas casas durante o Advento e o Natal, porque "são um fonte de fé".
No presépio "Jesus se faz pobre para dizer não à riqueza como fonte de felicidade, porque não é verdade. Faz-se humilde para responder ao orgulho como dimensão de grandeza, não é verdade que os orgulhosos são grandes. Faz-se pequeno para responder à violência como instrumento para mudar a história, não é a violência que muda a história".
"Pobreza, humildade, e fazer-se pequeno é a grande lição do Natal, e eu ante esta lição fico encantado".
O Cardeal expressou que de modo particular, o presépio é a lembrança de uma infância feliz dentro do núcleo familiar, e recordou que no seu caso pelo Natal, depois da Missa de meia-noite, tradicionalmente sua mãe colocava a Virgem na gruta, seu pai São José, e ele, junto de sua irmã, o menino Jesus na manjedoura.
"Ainda lembro com imensa nostalgia aquela cena. Por isso, cada vez que vejo o presépio para mim é como voltar a ser menino, voltar para a inocência, e também à transparência interior da infância".
O Cardeal Comastri explicou que desfruta criando numerosas orações de preparação do Natal, e compartilhou com o grupo ACI uma pela qual tem um especial carinho chamada "O Pobre de Belém".
"Senhor, enquanto o tempo obtém todas as esperanças, Tu, segues sendo a única esperança.
Enquanto se consumam os séculos e também os milênios, Tu, segues sendo perenemente jovem e conservas a frescura de uma flor, e de uma fonte que emana.
Senhor, as palavras estão desonradas e cansadas, mas dentro de nós fica uma pequena chama de esperança, emerge uma necessidade incessante de luz, refloresce a esperança de algo, ou, melhor dizendo, de Alguém.
Tu, pobre de Belém, és a resposta que nós freqüentemente não escutamos.
Tu, pobre de Belém, és a riqueza que frequentemente não entendemos.
Tu, pobre de Belém, és a paz que dramaticamente nos falta.
Senhor nascido em Belém, a cidade de nossa pobreza e de nossa pequenez, nos amparamos em Maria para olhar-te com o olhar dela e para amar-te com o coração dela, e esta é a esperança que ninguém jamais poderá retirar de nós.
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