VATICANO, Mar 2, 2005 / 14:48 pm
Ao intervir no Seminário Internacional sobre os Direitos humanos dos Prisioneiros que se celebra em Roma, o Cardeal Renato Martino, Presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz” insistiu em que os presos que cumprem penas por terem agido contra a lei e a sociedade, ainda conservam a plena dignidade de filhos de Deus.
“A reclusão –disse o Cardeal- não separa jamais do amor de Deus e portanto, da dignidade da pessoa humana, que desse amor deriva e nesse amor se enraiza”, disse o Cardeal, que participa do seminário de dois dias organizado pelo Pontifício Conselho “Justiça e Paz” e a Comissão Internacional da Pastoral Penitenciária Católica (ICCPPC).
“O encarcerado tem direito a ser considerado uma pessoa. Longe de permanecer abstrata, essa consideração deve animar a política e o direito, as instituições sociais de prevenção e as regras carcerárias, a intervenção nos cárceres dos organismos da sociedade civil”.
Não obstante, acrescentou: “Desgraçadamente, no mundo se verificam situações de encarceramento e modalidades de detenção inclusive prévias ao julgamento, no sentido de que não incluem ainda a tutela mais elementar dos direitos da pessoa”.
Ao final dos trabalhos, o cardeal Martino leu um telegrama enviado em nome do Santo Padre pelo Cardeal Angelo Sodano, Secretário de estado: “Sua Santidade auspicia vivamente que as jornadas de reflexão contribuam a afirmar o respeito devido à permanente dignidade humana do indivíduo que violou a lei, para que siga sentindo-se parte da sociedade e se comprometa a reintegrar-se nela”.
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