BOGOTÁ, Jan 24, 2012 / 13:40 pm
O postulador da causa de canonização do Beato João Paulo II, o sacerdote polonês Slawomi Oder, assinalou que o sangue do Papa Peregrino recorda que as bases para construir a paz devem ser a justiça e o perdão.
Assim indicou neste fim de semana o Monsenhor Oder durante sua meditação diante a relíquia (uma ampola de sangue) de João Paulo II que esteve na Colômbia antes de partir para país africano da Nigéria aonde a relíquia continua seu itinerário mundial.
Na Catedral Primaz de Bogotá, o sacerdote recordou que João Paulo II perdoou Ali Agca, o turco que atentou contra a vida do Santo Padre na Praça de São Pedro em 13 de maio de 1981, iniciando um "itinerário pedagógico sobre o perdão".
Conforme assinala a nota da Conferência Episcopal da Colômbia, o sacerdote afirmou que este perdão pode ser considerado "contrário à lógica humana", mas não contrário à "lógica do amor".
João Paulo II mostra ademais a "ação libertadora" do perdão que serve para "a edificação das relações e a convivência humanas". Neste sentido João Paulo II era consciente de que o perdão não é "fácil, espontâneo e natural" e que deve nascer do amor.
Mas o perdão não é suficiente para alcançar a paz, "disso era consciente o Papa João Paulo II. Por isso, em seu discurso sustentou que só o restabelecimento da justiça pode constituir a raiz para que a paz dure".
Outro aspecto de que destacou o postulador, foi que o Beato Wojtila recalcou insistentemente que o perdão "de modo algum" contrapõe-se à justiça e que o perdão não significa "inibir-se ante as legítimas exigências da reparação".
Por isso, Mons. Oder recordou que João Paulo II foi enfático em assinalar que o perdão tende na verdade à "plenitude da justiça" e que esta não "prescinde da consciência do dever moral de reparar".
"O imperativo da verdadeira justiça, constitui no pensamento do Pontífice, o centro ao redor do qual se desenvolve e concentra o discurso sobre a paz", disse Mons. Oder.
Sempre na linha do discurso do perdão e a justiça, João Paulo II, de uma vez que condenava "sem algum temor" o terrorismo, também exortava para que a resposta civil não esteja afastada do exercício da justiça.
A nota da CEC acrescenta logo que "Karol Wojtyla, constantemente reiterou que o terrorismo era produto do ódio, da desconfiança e da exclusão, por isso a qualificou como um crime e uma ação que se apóia no desprezo da vida do homem".
O Pontífice, concluiu o sacerdote polonês, "vai às pessoas que correm o risco da condenação eterna e sua ardente chamada à conversão. Por isso, Karol Wojtyla se caracterizou por sua deliciosa sensibilidade pastoral e humana".
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