MANÁGUA, Mar 15, 2012 / 16:51 pm
O Presidente da Conferência Episcopal do Nicarágua (CEN), Dom Sócrates René Sándigo, mostrou-se contrário à despenalização do comércio de drogas na América Central porque as "consequencias seriam piores".
Em diálogo com um canal local, o Prelado se referiu à proposta do presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, para que as drogas sejam legalizadas na região e que será debatida com outros mandatários no dia 24 de março.
"A teoria de que isto reduziria o consumo é falsa. Eu acredito que na verdade o aumentaria, facilitar-se-ia (o comércio), e por ende, estamos expondo à pessoa à deterioração da sua saúde", advertiu Dom Sándigo. Ele disse que se os estados são muito flexíveis com este fenômeno pode-se "chegar a um ponto de muita libertinagem, que depois vai ser difícil controlar".
O Prelado também se mostrou em desacordo com o fato que o presidente do Nicarágua, Daniel Ortega, participe de tal reunião representando o país para apoiar este tipo de propostas.
Para o Presidente da CEN, poderia haver um interesse econômico atrás deste desejo de despenalizar o uso de drogas.
"Como a droga não paga impostos, terminam ferindo as instituições oficiais que através deste mercado não recebem os respectivos impostos que outro tipo de drogas, que são legais, sim pagam”, assinalou o bispo.
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