22 de novembro de 2024 Doar
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Patriarcado de Jerusalém denuncia tráfico de seres humanos no deserto do Sinaí

Dom Fouad Twal, Patriarca Latino de Jerusalém.

No dia 23 de abril, os patriarcas da Igreja Católica na Terra Santa lançaram um chamado para acabar com o tráfico de seres humanos e de reféns no deserto do Sinai.

O chamado foi liderado pelo Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, junto aos Bispos Auxiliares de Jerusalém, Dom Giacinto-Boulos Marcuzzo, e Dom William Hanna Shomali; o Patriarca Emérito de Jerusalém, Dom Michel Sabbah; e o Delegado Apostólico em Jerusalém e Palestina, e Núncio Apostólico de Israel e Chipre, Dom Antonio Franco.

Conforme informou a Rádio Vaticano, os Ordinários expressaram através de nota oficial a sua indignação ante as autoridades respectivas pela nula defesa dos direitos humanos em suas jurisidições.

"Pedimos insistentemente às autoridades civis egípcias, israelenses e à comunidade internacional, que intensifiquem seus esforços para lutar contra o tráfico de seres humanos no Sinai, contra os abusos, as humilhações, as torturas, a violência, e os assassinatos que perduram e assolam os prófugos africanos", exortaram.

Os Ordinários da Terra Santa destacaram que os que escapam de seus países de origem por causa da guerra e da violência devem ser protegidos dos abusos criminais dos que procuram aproveitar-se deles.

Além disso, amparados na mensagem que o Papa Bento XVI enunciou no dia 5 de dezembro de 2010 pedindo a intervenção da comunidade internacional para salvar as vítimas dos traficantes e criminais, -como no caso do drama dos reféns eritreus e de outras nacionalidades no deserto do Sinai-, os Ordinários exigiram o fim imediato do tráfico de seres humanos.

"Depois disto, a situação destas vítimas piorou", denunciaram os bispos católicos da Terra Santa.

"Recordamos às autoridades civis no Egito e em Israel suas obrigações de respeitar as disposições e as normas internacionais que dizem respeito aos direitos humanos no tratamento, na proteção da dignidade e da integridade física e psicológica das pessoas, incluindo o direito a um procedimento regular e um processo eqüitativo para os solicitantes de asilo e os imigrantes", continua a mensagem.

Por outro lado, os prelados agradeceram e felicitaram os trabalhadores das organizações que lutam pela defesa dos direitos humanos e que atuam para socorrer as vítimas dos traficantes.

Finalmente, os assinantes se comprometeram à assistência espiritual dos católicos com a esperança de poder brindar-lhes consolo na oração.

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