21 de novembro de 2024 Doar
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Funcionário vaticano denuncia violência contra cristãos na África

O Secretário do Pontifício Conselho da Cultura, Dom. Barthélemy Adoukonou, natural do Benim, denunciou a terrível situação de violência que vivem os cristãos na África por causa de sua fé.

Em diálogo com o grupo ACI, Dom Adoukonou explicou que muitos cristãos vivem aterrorizados por  defender sua religião contra o fanatismo islâmico, mas confia plenamente, que o exemplo que pregarão os católicos conseguirá o triunfo da paz.

"Os cristãos perseguidos por nossos irmãos muçulmanos, realmente é uma situação muito ruim que vivenciamos. Mas esperamos que pouco a pouco os cristãos dêem a eles mais testemunho de paz e de justiça", expressou.

Uma onda de atentados por ódio aos cristãos invadiu anos atrás diversas zonas da África. Nigéria, Sudão, Egito e Síria, são alguns dos países mais afetados pelo ódio aos cristãos.

"Não sei o que procuram exatamente aqueles que põem à prova os católicos com estes atentados, mas de igual modo, nós lhes dizemos que na África, dentro da mesma família, podemos viver cristãos, muçulmanos, e membros das religiões tradicionais em paz".

"Esta ideologia de assassinar aos filhos de Deus por satisfazer Deus não tem sentido algum. Não pertence ao gênero cultural da África", sublinhou.

Dom Adoukonou participou ontem em um seminário organizado pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma para potencializar as Exortações Apostólicas "Ecclesia in África" do Beato Papa João Paulo II, e "Africa Munus", do Papa Bento XVI.

O Prelado está seguro que sob os ensinamentos da "África Munus" o futuro de prosperidade para a África não tem limites, "o futuro para mim esplêndido sob o olhar do texto que Bento XVI nos deu, quer dizer, que a Igreja na África seja o pulmão da humanidade", concluiu.

No encontro também participaram o Secretário do Pontifício Conselho "Cor Unum", Dom Giampietro Dal Toso, e o Reitor Magnífico da Pontifícia Universidade Lateranense, Dom Enrico Dal Covolo.

Dom Dal Covolo explicou ao grupo ACI que "estamos em um momento trágico, mais ainda, diria dramático, pela perseguição da cristandade na África".

Os numerosos assassinatos perpetrados "nos dizem que em algumas regiões da África estamos em um momento de perseguição ao cristianismo. Na minha opinião, isto confirma a importância do que estamos fazendo nesta universidade, na qual tentamos com todas as forças colocarmo-nos ao serviço da África".

"Nós consideramos que a África é realmente o continente da esperança. Quer dizer, há uma riqueza de recursos extraordinária em todos os níveis, mas uma riqueza de recursos mal distribuída e que corre o risco de não ser tão eficaz como poderia ser".

"Trata-se de responder a estas duas exortações pós-sinodais de modo concreto, quer dizer, responder pondo atenção aos verdadeiros problemas da África, e buscando encontrar soluções eficazes, só assim, a África poderá ser realmente o continente da esperança, tanto para a Igreja, que espera muito da África, como para a comunidade mundial no nível político e social", concluiu Dom Dal Covolo.

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