21 de dezembro de 2024 Doar
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Como Maria, devemos centrar a vida em Deus que é fonte de alegria, exorta Bento XVI

O Papa Bento XVI alentou os católicos a centrarem a própria vida em Deus, fonte de toda alegria, a exemplo da Virgem Maria que no canto do Magnificat expressa sua plena adesão ao Senhor.

Assim o indicou o Santo Padre ao dirigir-se aos fiéis reunidos na Gruta da Virgem de Lourdes nos Jardins Vaticanos, pela conclusão do mês de maio, dedicado à Mãe de Deus. Depois da procissão que partiu da igreja de Santo Estevão dos Abissínios até o local da Gruta o Papa dirigiu algumas palavras aos presentes.

"Esta tarde –disse– queremos nos dirigir ao Coração Imaculado de Maria com renovada confiança, para deixar-nos contagiar por sua alegria, que encontra seu manancial mais profundo no Senhor".

A alegria, continuou o Santo Padre é "fruto do Espírito Santo e um traço distintivo do cristão. Fundamenta-se na esperança em Deus, tira forças da oração incessante e permite enfrentar com serenidade as tribulações".

"São Paulo nos recorda: 'Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, constantes na oração'. Estas palavras do apóstolo são como um eco do 'Magnificat' de Maria, e nos exortam a reproduzir em nós mesmos, na vida de todos os dias, os sentimentos de alegria na fé próprios do cântico Mariano".

O Magnificat é o canto de louvor da Virgem Maria logo de saudar sua prima Isabel, também grávida, no Dia da Visitação que a Igreja celebrou ontem 31 de maio.

"Este evento se caracteriza pela alegria que expressam as palavras, com as que a Virgem Santa glorifica o Todo-poderoso, pelas grandes coisas que Ele cumpriu olhando a humildade de seu sirva".

Bento XVI explicou que "o Magnificat é o canto de louvor da humanidade redimida pela divina misericórdia, que eleva todo o povo de Deus; E, ao mesmo tempo, o hino que denuncia a ilusão dos que acreditam ser senhores da história e árbitros do seu destino. Ao contrário, Maria centrou toda sua vida em Deus, entregando-se confiantemente à sua vontade e intuito de amor".

"Todos –continuou– temos que aprender sempre de nossa Mãe celeste: sua fé nos convida a olhar além das aparências e a acreditar firmemente que as dificuldades cotidianas conduzem a uma primavera que já começou com Cristo Ressuscitado".

Para concluir, o Papa expressou seu desejo de que esta alegria espiritual, "que transborda do coração cheio de gratidão da Mãe de Cristo e nossa Mãe, (…) consolide-se em nosso ânimo, em nossa vida pessoal e familiar, em todos os ambientes, especialmente na vida desta família que aqui, no Vaticano, a Igreja universal".

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