22 de novembro de 2024 Doar
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Ordenação de Bispo chinês sem autorização do Vaticano seria ilícita

A Congregação para a Evangelização dos Povos advertiu que a possível ordenação como Bispo de Harbin (China) do Padre Giuseppe Yue Fusheng, sem mandato pontifício, prejudicaria a unidade da Igreja e não seria reconhecida como lícita pela Santa Sé.

Em um comunicado, o dicasterio vaticano indicou que uma nomeação episcopal que não conte com a autorização do Papa se opõe diretamente ao Ofício, concedido pelo Senhor a Pedro e aos seus Sucessores como Chefes do Colégio Episcopal, Vigários de Cristo e Pastores da Igreja universal.

A Congregação cita Bento XVI, indicando que "pode-se compreender que as autoridades governamentais estejam atentas à eleição de quem desempenhará o importante papel de guias e pastores das comunidades católicas locais, mas é necessário ter presente que a nomeação dos Bispos toca o coração mesmo da vida da Igreja enquanto a nomeação dos Bispos, por parte do Papa, é garantia da unidade da Igreja e da comunhão hierárquica".

O comunicado também explica que o Código de Direito Canônico estabelece graves penalidades para o Bispo que confere livremente a ordenação episcopal sem mandato apostólico e para aquele que a recebe.

O dicasterio vaticano indicou que se comunicou com o Padre Giuseppe Yue Fusheng para indicar-lhe que sua ordenação como Bispo não tem aprovação pontifícia, e que "seria ilegítima".

A mensagem também adverte que "as autoridades governamentais foram informadas de que a ordenação episcopal do reverendo Yue Fusheng carece da aprovação do Santo Padre. Ela contradiria os sinais de diálogo que buscam firmar-se auspiciados pela China e pela Santa Sé".

A China permite o culto católico unicamente à Associação Patriótica Católica Chinesa (APC), subordinada ao Partida Comunista da China, e rechaça a autoridade do Vaticano para nomear bispos ou governá-los. A Igreja Católica fiel ao Papa não é completamente clandestina; mas é assediada constantemente.

As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano foram quebradas em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram os clérigos estrangeiros.

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