WASHINGTON DC, Jul 16, 2012 / 11:44 am
O congressista Frank Wolf assinalou que a falta de interesse na embaixada do Vietnã pelos assuntos de liberdade religiosa e de direitos humanos "é algo sintomático da aproximação aos direitos humanos e à liberdade religiosa deste governo".
Numa carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no dia 9 de julho, Wolf pediu que o embaixador dos Estados Unidos no Vietnã, David Shear, seja retirado do cargo acusando-o de ter deixado de lado importantes assuntos de direitos humanos e de liberdade religiosa nesse país.
"Inúmeras vezes estes problemas são postos de lado, em prejuízo dos amantes da liberdade de todo o mundo", lamentou.
Wolf disse que as embaixadas dos Estados Unidos deveriam ser "ilhas de liberdade, especialmente em países repressivos como Vietnã", e reprovou que a delegação norte-americana nesse país aparentemente não cumpra este rol.
O legislador, que co-preside a Comissão de Direitos humanos Tom Lantos no Congresso dos Estados Unidos, denunciou a inação da embaixada ante casos de repressão contra ativistas democratas, como o do cidadão americano Dr. Nguyen Quoc Quan, que foi detido depois da sua chegada ao aeroporto internacional de Tan Son Nhat, na cidade Ho Chi Minh, em abril deste ano.
A embaixada norte-americana não se contatou com a esposa Quan até que o congressista Wolf o solicitou. O representante disse que parecia haver "pouca urgência para assegurar sua liberação".
Wolf assinalou que o embaixador Shear tampouco convidou a muitos dos mais proeminentes ativistas da democracia e direitos humanos do Vietnã à celebração do dia 4 de julho, na embaixada dos Estados Unidos, apesar de que o congressista o insistiu a abrir os escritórios a monges budistas, religiosas, sacerdotes católicos, pastores protestantes, blogueiros e ativistas democráticos.
O congressista disse que o embaixador deveria ser substituído por um vietnamita-americano, que não seja "tentado para manter relações bilaterais suaves a qualquer preço".
Nos últimos anos os católicos solicitaram a devolução dos bens eclesiásticos confiscados, mas a disputa com o governo vietnamita em ocasiões se tornou violenta.
Em julho de 2011, o governo do Vietnã prendeu ao Pe. Nguyen Van Ly, um defensor da liberdade religiosa no país, acusando-o de difundir propaganda anticomunista.
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