22 de novembro de 2024 Doar
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A violência em nome da religião não se justifica, afirma presidente do episcopado norte-americano

Cardeal Timothy Dolan

O Presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, Cardeal Timothy Dolan, assinalou que "a violência em nome da religião não se justifica", em relação aos últimos eventos ocorridos no Egito, Líbia e Iêmen que terminaram com a morte do embaixador Christopher Steven e outros três cidadãos americanos.

Em uma conferência internacional sobre a liberdade religiosa que se realiza em Washington D.C., o Cardeal Dolan disse no dia 12 de setembro que "estamos neste evento com um sentido de urgência. Os problemas ocorridos na Líbia e no Egito nos dizem o que acontece. Precisamos ser respeitosos das outras tradições religiosas e ao mesmo tempo proclamamos de maneira inequívoca que a violência em nome da religião não se justifica".

Na conferência titulada "Liberdade religiosa internacional: Um imperativo para a paz e o bem comum", o também Arcebispo de Nova Iorque se referiu aos violentos distúrbios ocorridos nos países mencionados durante os últimos dias, em protesto por um filme produzido nos Estados Unidos que apresenta a Maomé como mulherengo e homossexual.

Unindo-se assim à condenação expressa em dois dias consecutivos pela Santa Sé e elevando sua oração pelos diplomáticos no mundo, o Cardeal assegurou que "a ausência de liberdade religiosa leva a terríveis sofrimentos humanos e, no estado atual, os cristãos são o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições por causa da fé".

Depois de exortar à comunidade internacional a "tomar ações", o Cardeal Dolan ressaltou que "a primeira das liberdades, que com frequência esquecemos nosso país, inclusive se estivermos vigilantes em sua defesa, está sob um violento ataque em outras nações com terríveis consequências humanas".

No evento também participou o Observador Permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas na sede de Genebra, Dom Silvano Tomasi, quem assinalou que 70 por cento da população mundial vive em países onde as práticas religiosas são restringidas.

O Arcebispo disse que a defesa da liberdade religiosa "exige uma cultura de respeito e um sistema educativo que ensine o valor da busca comum da verdade e que alente o perdão e promova a harmonia de modo que o desenvolvimento humano integral possa ser realmente alcançado".

Por sua parte o Arcebispo de Abuja (Nigéria), Dom John Olorunfemi Onaiyekan, informou sobre a perseguição que sofre a minoria cristã nesse país africano, especialmente por parte do grupo terrorista islâmico Boko Haram.

"Assassinar pessoas inocentes é um crime grave e matar  pessoas que rezam é um crime odioso e diabólico, sobretudo quando é perpetrado em nome de uma religião que proclama a paz", disse o Prelado em relação aos atentados contra Igrejas cristãs por parte dos terroristas muçulmanos do Boko Haram.

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