22 de novembro de 2024 Doar
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Ex-trabalhadores da indústria do aborto narram sua conversão à causa pró-vida

Ann Scheidler e o Dr. John Bruchalski

Em uma recente conferencia em Illinois (Estados Unidos), antigos trabalhadores da indústria do aborto recordaram como era seu trabalho, com o qual pensavam estar ajudando às mulheres, e logo como se converteram à causa pró-vida.

"Queríamos entender melhor a mente das pessoas que trabalham na indústria do aborto", disse a organizadora da conferência, Ann Scheidler, vice-presidente da Liga de Ação Pró-vida.

Em diálogo com o grupo ACI, Scheidler disse que o propósito da conferência "Convertido: De provedor de abortos a ativista pró-vida" foi escutar o que antigos trabalhadores abortistas tinham a dizer sobre por que entraram na indústria do aborto e o que os levou a abandoná-la.

Enquanto que os médicos abortistas e trabalhadores das clínicas são às vezes vistos pelos pró-vida como pessoas sem coração, em realidade alguns são "pessoas extremamente compassivas", que são mal aconselhadas e acreditam que "estão ajudando às mulheres", explicou.

"É muito bom para nós entendermos de onde vêm estas pessoas", disse Scheidler.

A conferência, realizada em 22 de setembro, aconteceu no Hotel Crowne Plaza Ou’Hare, e apresentou a oito antigos trabalhadores abortistas, que contaram suas histórias de conversão.

Scheidler disse que cada um deles tinha uma história diferente, mas compartilhavam a experiência comum de dar-se conta de que o aborto "não era o que pensavam".

A decisão de deixar a indústria do aborto pode ser "difícil", indicou. Frequentemente eles se dão conta de que "todos os que conhecem são pró-aborto", assim, deixar o trabalho significa encontrar uma comunidade inteiramente nova.

"Isso é pedir muito", disse: "É algo difícil de fazer".

Enquanto que a carência de recursos fazia com que fosse especialmente difícil abandonar este trabalho no passado, um novo ministério começado pela ex-diretora do Planned Parenthood, Abby Johnson, está ajudando àqueles que desejam abandonar a indústria abortista.

Um dos participantes, o Dr. John Bruchalski, atualmente líder pró-vida no norte do estado da Virginia, realizava abortos em seus primeiros dois anos de residência.

Apesar de ter crescido em uma família católica, perdeu a fé entre as décadas de 1970 e 1980. Ao querer ser um "grande" doutor, pensou que precisava fazer abortos, acreditando que assim estava ajudando às mulheres a serem "mais felizes" e "mais saudáveis".

Bruchalski disse ao grupo ACI que foi uma combinação de fatores o que mudou sua forma de pensar. Parte disso foi a experiência de realizar abortos.

"Quando você faz o procedimento, começa a matar a outro ser humano de perto", disse, descrevendo a experiência de ver "a vida deles dessangrando", desde alguns centímetros de distância.

"A realidade vai através da sua mão e dentro do seu coração", disse.

Realizar abortos, assinalou, "endurece cada vez mais o coração" porque continuamente você precisa justificar a si mesmo seus atos, explicou.

Além disso, disse que cada vez há mais informação que mostra que os abortos e a anticoncepção não são saudáveis para as mulheres e que tem "muitos efeitos colaterais significativos", tanto físicos como psicológicos.

Algo que também ajudou para sua conversão foi a relação com um neonatólogo que trabalhava com ele que o desafiou a repensar suas ideias.

Finalmente, disse que experimentou uma renovação espiritual depois de participar de duas peregrinações.

"Todas essas peças se juntaram em 1989", disse, explicando que teve que "ajustar meu coração e toda minha perspectiva".

Agora ele trata de compartilhar seu testemunho com outros, ajudando-lhes a ver a realidade do aborto. Em 1994, encontrou o Centro de Família Tepeyac, um centro pró-vida na Virginia.

"Se é tão bom, por que tão poucos médicos realizam abortos?", pergunta Bruchalski a seus estudantes de medicina quando dá palestras.

Bruchalski disse que ele conhece outros antigos médicos abortistas que se converteram e cada um tem uma história diferente. Ele acredita que Deus fala com cada pessoa a sua própria maneira.

"Ele me falou em minha linguagem, que intrinsecamente entendi", disse.

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