MÉXICO, Mar 14, 2005 / 11:53 am
A Conferência Episcopal Mexicana (CEM), através da Comissão Episcopal de Pastoral Familiar, emitiu uma mensagem pelo Dia da Vida assinalando que “a doação de órgãos é um modo de ajudar a nossa vocação ao amor”, sendo solidários com o irmão que sofre.
O texto titulado “Amar o nosso próximo até o fim”, está assinado pelo Bispo de Matehuala y Presidente da Comissão de Pastoral Familiar, Dom. Rodrigo Aguilar Martínez; e o Bispo de Toluca e Encarregado do Departamento de Vida, Dom. Francisco Javier Chavolla Ramos.
A mensagem recorda as palavras do Papa João Paulo II , quem afirmou que “a doação de órgãos realizada de uma maneira eticamente aceitável” é uma forma de nutrir uma genuína cultura da vida. Além disso, acrescenta, “os transplantes são legítimos –moralmente- pelo princípio de solidariedade e caridade que desdobra entre os seres humanos”.
Entretanto, o texto adverte que em respeito à dignidade de toda pessoa, a doação de órgãos não deve causar “uma grave e irreparável diminuição ao doador”, que ponha em perigo “a própria vida ou a identidade pessoal”. Por isso, tanto o encéfalo como as gônadas não são eticamente doáveis, porque “dão a respectiva identidade pessoal e procreativa da pessoa”.
A Comissão de Pastoral Familiar esclarece que os “órgãos vitais únicos”, só podem ser removidos quando “constar com certeza que o indivíduo morreu”. Recorda que o Papa advertiu que “atuar de outra maneira representaria causar a morte do doador intencionalmente para dispor de seus órgãos”.
Por outro lado, o texto assinala que em reconhecimento da dignidade humana, a extração de um órgão deve ser com o consentimento do doador ou de “alguém que legitimamente o representa”. Acrescenta que é ilícito “coagir ou pressionar a uma pessoa” para obter sua aprovação, ou “pressupor um consentimento tácito”.
Os bispos também denunciam que é imoral traficar com órgãos ou aproveitar-se da pobreza das pessoas para obter “uma parte de si mesmos mediante um pagamento”. Além disso, exigem que os órgãos disponíveis se atribuam segundo critérios de eqüidade e não utilitaristas ou discriminatórios.
A mensagem também chama a rechaçar a experimentação com embriões humanos para obter células mães, porque não se pode usar a uma pessoa como méio para a saúde de outros. “A este respeito alentamos uma vez mais a investigação com células-mãe isoladas de organismos adultos”, assinalam.
Finalmente, depois de recordar que o objetivo da é o bem-estar integral da pessoa, a Comissão de Pastoral Familiar exorta aos fiéis e às pessoas de boa vontade, a confrontar a aceitar o desafio de viver uma solidariedade altruísta e um amor oblativo, sendo doadores, especialmente quando seus órgãos “já não lhes serão necessários depois da morte”.
A mensagem completa pode ser lida em http://www.cem.org.mx/comision/familia/vida2005.htm
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