Sair das “catacumbas do medo” para anunciar a Cristo, alenta Bispo africano no Sínodo

ROMA, Oct 18, 2012 / 11:47 am

O Bispo de Oyo (Nigéria), Dom Emmanuel Badejo Adetoyese, alentou aos cristãos a sairem das “catacumbas do medo” para compartilhar a experiência da fé em Jesus aos demais.

Em sua intervenção no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização que se realiza em Roma até o dia 27 de outubro, o Prelado africano assinalou que “no mundo de hoje muitos talvez não vão à Igreja, mas a Igreja precisa sair a seu encontro ali onde estão, sobre tudo nos lugares onde as igrejas estão esvaziando-se”.

“Será talvez que o Espírito Santo esteja nos dizendo em voz alta que saiamos das ‘catacumbas do medo e da consciência de nós mesmos’ para compartilhar Jesus com os demais?”, indagou.

Conforme informa o jornal vaticano L’Osservatore Romano, o Bispo disse que “os ‘espaços originais dos meios’, quer dizer, campos, caminhos, cidades, mercados, discotecas, centros comerciais, bares e os bairros marginais desejam ser ‘Igreja’ em certa medida. Os sacerdotes e bispos talvez não sejam recebidos com os braços abertos nesses âmbitos”.

Entretanto, prosseguiu, “uma só palavra ou um único gesto da nossa parte poderia ser suficiente para revelar o rosto de Jesus, como uma espécie de primeiro encontro para alguns, para que dali surja a fé.
É aqui, em minha opinião, que a chamada à nova evangelização com zelo, meios e métodos renovados adquire seu verdadeiro significado”.

O Bispo africano se referiu logo à importância do papel e da responsabilidade “dos profissionais dos meios de comunicação e os trabalhadores católicos na nova evangelização, assim como a necessidade de prestar especial atenção ao seu desenvolvimento espiritual”.

Sobre os jovens, o Prelado afirmou que milhões deles em “todo o mundo compartilham as mesmas histórias, experiências e desafios, independentemente do lugar, graças aos novos meios sociais e pessoais digitais”.

“A Igreja devem procurar com humidad sua confiança –concluiu– sabendo que os jovens preferem uma relação de mútua comunicação recíproca (…) Quando se sentirem em harmonia com a Igreja poderão adquirir a forma e a linguagem apropriada para levar sua fé e os valores cristãos aos novos contextos sociais”.