Vaticano, Nov 12, 2012 / 10:22 am
Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, perante os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro neste domingo 11/11, o Papa Bento XVI sublinhou a “unidade inseparável entre fé e caridade”, assim como entre “o amor a Deus e o amor ao próximo”.
Meditando sobre os episódios narrados na Liturgia da Palavra, o Santo Padre destacou que este domingo “nos apresenta como modelos de fé as figuras de duas viúvas”, uma no Primeiro livro dos Reis e a outra no Evangelho de Marcos.
“Ambas mulheres são muito pobres, e precisamente nesta condição demonstram uma grande fé em Deus”, assinalou.
Bento XVI indicou que na primeira narração, o profeta Elias, “durante um tempo de carestia, recebe do Senhor a ordem de ir às proximidades de Sidônia, fora de Israel, em território pagão. Aí encontra esta viúva e lhe pede água de beber e um pouco de pão”.
“A mulher lhe responde que somente havia um punhado de farinha e um pouco de azeite, mas, porque o profeta insiste e lhe promete, que, se ela o escutar, não faltará farinha e azeite, ela satisfaz sua petição e é recompensada”.
A segunda viúva, assinalou o Papa, “é assinalada por Jesus no templo de Jerusalém, precisamente em frente à arca, onde as pessoas colocavam suas oferendas”.
“Jesus viu que esta mulher colocava no arca duas moedinhas; então chamou os seus discípulos e explicou que seu óbolo era maior que o dos ricos, porque, enquanto eles dão o que lhes sobra, a viúva ofereceu ‘tudo que tinha para viver’”.
“Destes dois episódios bíblicos, sabiamente apresentados, pode-se solicitar uma preciosa lição sobre a fé”, indicou o Santo Padre, pois “esta aparece como a atitude interior de quem fundamenta a própria vida sobre Deus, sobre sua Palavra, e confia totalmente nele”.
O Santo Padre assinalou que a condição da viúva “na antigüidade, constituía por si só uma condição de grave necessidade. Por isso, na Bíblia, as viúvas e os órfãos são pessoas das quais Deus cuida de modo especial: perderam o apoio terreno, mas Deus permanece seu Esposo. Seu Pai”.
“Mas a Escritura diz que a condição objetiva de necessidade, neste caso o fato de ser viúva, não é suficiente: Deus pede sempre nossa livre adesão de fé, que se expressa no amor por Ele e pelo próximo. Ninguém é tão pobre que não possa dar coisa alguma”.
O Papa assinalou que efetivamente “ambas viúvas demonstram sua fé realizando um gesto de caridade: uma para com o profeta e a outra oferecendo esmola”.
“A Virgem Maria é exemplo perfeito de quem se oferece inteiramente confiando em Deus; com esta fé ela disse ao Anjo ‘Aqui estou’ e acolheu a vontade do Senhor. Que Maria ajude também a cada um de nós, neste Ano da fé, a reforçar a confiança em Deus e em sua Palavra”, concluiu.
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