MADRI, Mar 16, 2005 / 11:51 am
A Associação Profissional de Professores de Religião em Centros Estatais (APRECCE) assegurou que não admitirá que a futura lei educativa estabeleça que a disciplina de Religião não seja avaliável nem computável a todos os efeitos acadêmicos.
Em um comunicado os professores afirmaram que não admitirão um ensino da Religião na escola pública que não a considere "como qualquer outra área fundamental do currículo, em que os conhecimentos, os procedimentos e as atitudes, sejam avaliáveis e computáveis a todos os efeitos acadêmicos".
No documento aprovado em sua 34° Assembléia Geral Ordinária, celebrada esse final de semana em Valência, a APRECCE lamentou que “enquanto na vizinha França, a esquerda obtém que seu Parlamento aprove a necessidade de que na escola pública se acostume a história das religiões, na Espanha alguns queiram voltar para experiências decimonónicas, que só conduzem à ignorância do ser humano sobre o fato ineludível da presença da religião em todas as civilizações e culturas".
"Querem ignorar que o ensino da Religião hoje contribui ao conhecimento das crenças, tradições e culturas de outros, à convivência pacífica e ao diálogo Inter-cultural", assinalaram os representantes de quatro mil professores de Religião da Andalucía, Asturias, Aragón, Cantabria, Castilla e Leão, Galicia, Madrid, País Basco e Valência.
Do mesmo modo, a associação mostrou seu “desgosto” pela maneira como discorreu o debate aberto pelo Ministério de Educação para procurar um consenso da comunidade educativa. Assim, acusou a titular do setor, María Jesus San Segundo, de aprofundar a confrontação e o distanciamento entre as organizações, em vez de de procurar pontos de encontro.
De outro lado, a associação, que aposta por um sistema que não imponha o ensino religioso a quem não o deseje, expressou sua indignação pela proposta do Conselho Escolar do Estado de que o grupo profissional com titulação universitária que imparte o ensino da religião católica, não forme parte dos claustros. “Semelhante despropósito com certeza nunca aconteceu na história do sindicalismo”, sustentou.
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