PARIS, Feb 6, 2013 / 11:07 am
Mesmo depois de que mais de 1.3 milhões de franceses marcharam pelas ruas de Paris em defesa do autêntico matrimônio e contra o projeto que busca legalizar as uniões homossexuais, os deputados franceses aprovaram uma norma que assinala que "o matrimônio é contraído entre duas pessoas de sexo diferente ou do mesmo sexo". Este é o primeiro passo para a possível aprovação da lei que segue em debate na França.
Esta vez a maioria parlamentaria de esquerda votou a favor do primeiro artigo da chamada lei "matrimônio para todos" com 249 votos a favor e 97 em contra, à diferença da votação de 14 de junho do 2011 quando a Assembleia Nacional rechaçou a mesma proposta.
A Ministra de Justiça, Christiane Taubira, disse sentir-se feliz por esta votação que, em sua opinião, reconhece "a liberdade de todos e de todas para escolher seu cônjuge e construir um futuro comum".
O deputado Philippe Gosselin expressou seu descontento porque "o governo optou por uma decisão que não desejamos".
Desde que o presidente François Hollande propôs novamente a lei em novembro do 2012, uma centena de prefeitos enviou uma carta ao presidente na que asseguravam que se negariam a efetuar uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Os cidadãos franceses dentro e fora do país saíram às ruas em múltiplas oportunidades para elevar sua voz contra esta medida que também propõe permitir aos casais homossexuais a adoção de crianças.
A manifestação mais significativa foi a do último 13 de janeiro em Paris onde mais de um milhão de pessoas se uniram em voz de protesta, e um total de 34 instituições, entre associações de família, católicas, protestantes, muçulmanas, jurídicas, infantis, e até mesmo algumas organizações de homossexuais se fizeram presentes.
O jovem líder homossexual de 21 anos e estudante de direito, Xavier Bongibault, exortou a defender o autêntico matrimônio e assinalou que "as crianças devem ser criadas por um pai e uma mãe. Os estudos demonstram que os que são educados por pais do mesmo sexo acabam tendo problemas psicológicos".
"O filho não pode ser o objeto dos nossos delírios pessoais" disse Bongibault
A líder lésbica e uma das fundadoras da maior associação de gays da França, a Homovox, Nathalie de Williencourt, afirma que a maioria de homossexuais, incluindo ela mesma, não querem o matrimônio gay nem a adoção de crianças.
Em uma entrevista concedida no dia 11 de janeiro ao website italiano Tempi.it, Williencourt assinalou que "o casal homossexual é diferente a heterossexual por um simples detalhe: não podemos dar origem à vida".
"A paz se constrói na família e para ter paz na família é necessário dar às crianças a imagem mais natural e que mais segurança infunde para crescer e chegar a ser grande. Quer dizer, a composição clássica de homem e mulher" adicionou.
Por outro lado também se une à defesa do verdadeiro matrimônio a atriz e humorista francesa, Frigide Barjot, quem mostra seu rechaço vestindo camisetas com mensagens que dizem "nascemos que um homem e uma mulher".
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