23 de novembro de 2024 Doar
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Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio eleito como Sumo Pontífice e adota o nome de Francisco

Em uma noite fria e chuvosa em Roma, logo depois de que a “fumata bianca”, a fumaça branca, saiu da chaminé da capela Sistina, o mundo viu pela primeira vez o novo Papa. O escolhido pelos cardeais no segundo dia do conclave foi o cardeal Arcebispo de Buenos Aires Dom Jorge Mario Bergoglio, jesuíta de origem argentina e que adotou um nome sem precedentes na história do papado: Francisco I. Ele é o primeiro Papa membro da Companhia de Jesus e o primeiro latino-americano a assumir a Sé de Pedro.

O anúncio do “habemus Papam”, foi feito pelo Cardeal Proto Diácono da Santa Igreja Romana, Jean Louis Tauran, levando à grande emoção os fiéis e especialmente os latinos, e mais ainda os argentinos presentes na praça de São Pedro no momento.

“Annuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam!
Eminentissimum ac reverendissimum dominum, dominum, Giorgio Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio, qui sibi nomen imposuit Francisco I”, foram as palavras do Cardeal Tauran.

O Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergloglio, 76 anos tornou-se hoje, 13 de março de 2013, o 265º sucessor de Pedro, assumindo o nome de Francisco I.

Ao sair do balcão dianteiro o novo Papa foi saudado por uma grande multidão que apesar da chuva e do frio o esperava com grande expectativa.

O novo pontífice, Papa Francisco I, nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936.
O Papa jesuíta formou-se como técnico químico, mas depois escolheu o sacerdócio e entrou para o seminário de Vila Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, de volta a Buenos Aires, formou-se em Filosofia na Faculdade de Filosofia do colégio máximo São José de São Miguel.

Em seu país atuou como sacerdote e professor de teologia, foi consagrado bispo titular da Auca em 20 de maio de 1992, e um dos quatro bispos auxiliares de Buenos Aires e assumiu  o cargo de arcebispo da mesma em 28 de fevereiro de 1998.

Em Roma  Cardeal formou parte da Comissão para a América Latina, da Congregação para o Clero, do Pontifício Conselho para a Família, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Em suas primeiras palavras ao público (em italiano) o novo Papa disse com seu habitual senso de humor e reverência: “Sabeis que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma: parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo”.

Francisco I começou seu discurso pedindo que os fiéis o acompanhassem em uma oração pelo Bispo emérito de Roma, Bento XVI, para que o “Senhor a abençoe”. Rezou-se então o Pai Nosso, a Ave Maria e o Glória em italiano.

Antes de dar a tradicional bênção Urbi et Obri, o Papa surpreendeu os presentes pedindo que antes rezassem por ele: “Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”, solicitou o Santo Padre conduzindo ao silêncio a multidão presente na Praça de São Pedro.

O novo Papa afirmou que começava agora um “caminho” que unia o “bispo e povo” na Igreja de Roma, “aquela que preside na caridade a todas as Igrejas”. “Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós”, acrescentou.

O novo sucessor de Pedro disse também que amanhã rezará à Virgem pelo seu ministério que agora inicia, mas não especificou onde.

“Rezemos sempre por nós, uns pelos outros, por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”, acrescentou o novo Papa que despediu-se do povo desejando "Boa Noite" e "Bom Descanso".

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