23 de novembro de 2024 Doar
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Uruguai: Bispos advertem imoralidade da lei do "matrimônio igualitário"

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Uruguaia (CEU) chamou os legisladores a não aprovar a lei do "matrimônio igualitário", pois esta abre as portas às uniões homossexuais no país; também advertiram que estes tipos de uniões continuarão sendo imorais mesmo que a legislação as proteja.

No último dia 2 de abril, o Senado uruguaio ratificou a lei do "matrimônio igualitário" aprovada em primeira instância pela Câmara dos Deputados. Entretanto, devido a algumas modificações realizadas pela Câmara alta, agora o texto será debatido novamente em 10 de abril pelos deputados para sua sanção definitiva.

"Vemo-nos obrigados a reiterar, mutatis mutandis, as mesmas considerações que fazíamos em relação à lei do aborto: esta lei não é moralmente boa porque foi aprovada. A moralidade dos atos não depende das leis humanas. Recordamos o dever e o direito de seguir as obrigações da lei natural inscritas na própria consciência", advertiram os bispos em seu comunicado de 8 de abril.

Nesse sentido, o Conselho Permanente da CEU reiterou sua preocupação pelas consequências que esta lei trará sobre as famílias e sobre os direitos das crianças que correm "o risco de converter-se em um objeto, especialmente quando se pensa na adoção plena como um direito de todos os matrimônios", sem ter em conta o interesse do menor a ser criado "com uma clara referência materna e paterna".

"Não questionamos a boa vontade e tentativa de buscar uma maior justiça por parte dos nossos legisladores, mas insistimos na gravidade e consequências do que está em jogo, mais além das aparências", indicaram.

"Chamar de maneira igual a realidades desiguais, sob pretexto de igualdade, não é justiça, mas assimilações inconsistentes que só debilitarão ainda mais o matrimônio. Constatar uma diferença real não é discriminar", afirmaram.

Nesse sentido, assinalaram que estas legislações seguem modelos do estrangeiro "sem a devida análise antropológica e sem aprofundar as consequências que as alterações legais implicam para o conjunto da sociedade uruguaia no tema da família".

Por isso, os bispos convidaram "mais uma vez a todas as mulheres e homens uruguaios a unirmo-nos no esforço em prol de uma sociedade mais justa e fraterna, onde os valores do Evangelho possam florescer nas famílias e as futuras gerações possam encontrar ali razões de fé e esperança".

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