ISTAMBUL, Apr 26, 2013 / 14:00 pm
Os jovens com descendência armênia em Istambul (Turquia) recordaram os armênios cristãos falecidos entre os anos 1915 e 1923 quando os turcos do poderio otomano prenderam e assassinaram a mais de um milhão e meio dos dois milhões que viviam sob seu império.
Com uma marcha e outros eventos se recordou a data de 24 de abril de 1915, quando faz quase um século aconteceu o genocídio desconhecido por muitas pessoas no mundo e que se caracterizou pela brutalidade nos massacres e pelas marchas de centenas de quilômetros pelos desertos que os armênios estavam obrigados a realizar privados de mantimentos e água.
Armênia foi o primeiro povo em abraçar o cristianismo, entretanto, seus habitantes viviam como cidadãos de segunda categoria no poderio otomano.
O Bispo Emérito de Roma, Bento XVI apesar de não ter visitado a Armênia, em sua viagem apostólica a Turquia no fim de novembro de 2006, esteve unido ao povo armênio ao visitar a Catedral Armênia Apostólica de Santa Maria em Istambul.
No seu discurso assinalou "agradeço a Deus pela fé e pelo testemunho cristão do povo armênio, transmitidos de geração em geração, frequentemente em circunstâncias realmente trágicas como as que experimentou durante o século passado" fazendo referência ao genocídio.
Por outro lado, em defesa da trágica história que viveu o povo armênio, existe na França uma lei que estabelece que a negação do genocídio ou holocausto armênio pode ser penada com uma multa de até 45 mil euros (mais de 58 mil dólares) e prisão de até um ano.
Assim como na França não se permite a negação do genocídio, em alguns países se tratou de mostrar esta parte da história que se mantém oculta. Em 2010 o Arcebispo de Granada (Espanha), Dom Javier Martínez Fernández, inaugurou uma exposição "A cruz gloriosa. Armênia 1915-1918".
No Everan (Armênia) foi construído o Museu do Genocídio Armênio que abriu suas portas em 1995 comemorando o 80º aniversário do genocídio, e foi visitado por diferentes personalidades civis e religiosas, entre eles o Beato João Paulo II, quem junto ao Patriarca Karekin II orou por todas as vítimas da nação Armênia e pela paz no mundo.
Para 2015 já estará terminada uma seção especial no Museu que as autoridades da Armênia dedicam aos "justos" turcos e curdos que arriscaram sua própria vida para proteger, resgatar e salvar o povo cristão armênio durante o genocídio.
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