2 de dezembro de 2024 Doar
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Vaticano qualifica como inaceitáveis os ataques a mais de 60 Igrejas cristãs no Egito

Uma das muitas Igrejas cristãs no Egito

Após o enérgico e reiterado chamado à paz e reconciliação realizado ontem pelo Papa Francisco para pôr fim à violência no Egito, o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, assinalou hoje que "são inaceitáveis" os ataques e a destruição em mais de 60 Igrejas cristãs em todo o país.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Cardeal se referiu aos inumeráveis episódios de violência no Egito contra os cristãos, perpetrados pela autodenominada "Irmandade Muçulmana" que quer chegar ao poder e que segundo Associated Press (AP) constitui "uma campanha de intimidação que adverte os cristãos que estão fora de Cairo para que se afastem da política".

AP assinala que desde quarta-feira 40 Igrejas foram incendiadas, enquanto que outras 23 foram atacadas e saqueadas. Entre os muitos ataques registrados, os extremistas muçulmanos queimaram uma escola franciscana e tomaram a três religiosas como "prisioneiras de guerra". Outras duas mulheres do colégio foram acossadas sexualmente e maltratadas enquanto tentavam sair do recinto em meio da horda da "Irmandade Muçulmana".

Sobre estes graves episódios, o Cardeal Sandri disse que "toda destruição das Igrejas que os cristãos sofreram são inaceitáveis, sobretudo porque, em particular os católicos, são uma minoria".

"O renascimento do país deve dar-se no respeito da pessoa humana, no respeito recíproco de todas as religiões, no respeito da liberdade religiosa. Acreditamos que a fé ou uma religião nunca pode ser pretexto para uma guerra ou para o uso da violência".

"Nunca se pode usar a força, a violência, o terrorismo ou o poder militar para resolver os assuntos de fé. Devemos pensar no mandamento de Deus de amar-nos uns aos outros, que é válido para todos, sejam muçulmanos ou cristãos", disse o Cardeal.

O Cardeal argentino indicou também que "queremos que haja uma possível solução para esta situação terrível no Egito através do diálogo e da reconciliação. A isto acrescentamos nossas orações para uma perspectiva de benevolência divina para com todos nossos irmãos cristãos (...) Acompanhamos a todos com a oração, com nossa proximidade e com nossas lágrimas espirituais pelo sofrimento do povo egípcio".

 

 

 

 

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