BUENOS AIRES, Aug 29, 2013 / 11:54 am
O Arcebispo de Corrientes (Argentina), Dom Andrés Stanovnik, exortou os argentinos a recuperar a vida de fé porque a falta desta foi o que provocou a debilitação da instituição matrimonial e do respeito pela vida humana.
"Os sintomas mais profundos da crise do matrimônio cristão e da família temos que buscá-los na debilitação da vida de fé (...). Essa fragilidade sobrevém com uma perda gradual da visão cristã da vida, neste caso da vida conjugal e familiar, causada por múltiplos fatores, entre os quais devemos colocar uma certa inconsistência na formação cristã e, em consequência, uma escassa prática da vida de fé", assinalou durante o Encontro Regional da Pastoral Familiar do Nordeste Argentino (NEA).
Dom Stanovnik indicou que esta debilitação da vida de fé também está trazendo consequências na vida sacerdotal e consagrada. "Quando esta diminui, a vida em vez de expandir-se, se volta sobre si mesma e, como consequência, padece também o entusiasmo pela missão, que sempre supõe sair ao encontro, deixar a própria margem, e ‘navegar mar dentro’. A fé só cresce e se fortalece acreditando, quer dizer, colocando-a em prática", indicou.
Em sua exposição "Estilo pastoral no Ano da Fé", o Arcebispo de Corrientes assegurou que "reavivar a fé significa devolver-lhe uma nova vitalidade. Posto que a fé é acima de tudo dom e não produto de estratégias pastorais, é necessário suplicá-lo. Tanto o Papa Bento XVI como o Papa Francisco, coincidem na importância primitiva da oração e da adoração".
"Se observamos o coro das virtudes, não apenas as ‘grandes’ virtudes –as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e as cardeais (prudência, fortaleza, justiça, moderação)– mas também a multidão das ‘pequenas’ virtudes da vida cotidiana (ordem, pontualidade, laboriosidade, atenção ao outro, disponibilidade à escuta, sinceridade, gratidão, reconhecimento, etc.), vemos que as bases humanas de tais virtudes residem no ‘humus’ de uma vida familiar em que cada um se orienta ao outro em ‘um certo modo’, que chamamos precisamente ‘familiar’, caracterizado pelo dom recíproco", sublinhou.
Por isso, exortou os fiéis "a encarar uma Pastoral Familiar que acompanhe às famílias e as ajude a ser ‘lugar afetivo’ e cultural no que se geram e transmitem os valores comunitários e cristãos mais sólidos e se aprende a amar e a ser amado".
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