MADRI, Sep 3, 2013 / 13:42 pm
O secretário geral e porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola, Dom Juan Antonio Martínez Camino, agradeceu a mensagem do Papa Francisco sobre a guerra na Síria devido à "fragilidade da paz" no país, aos "anúncios preocupantes" que estão sendo feitos e aos recentes acontecimentos.
Em uma entrevista concedida a COPE e recolhida pela Europa Press, Dom Martínez Camino agradeceu a convocação do Pontífice para celebrar no próximo dia 7 de setembro um dia de oração e jejum mundial pela paz na Síria, no Oriente Médio e em todo mundo, a seu ver, um "ato de grande transcendência", pois a fé é "uma arma de grande eficácia".
Por outra parte, sobre a nomeação do núncio da Venezuela, Pietro Parolin, como novo secretário de Estado do Vaticano em substituição do cardeal Tarcisio Bertone, o porta-voz dos bispos espanhóis explicou que não conhece pessoalmente a Parolin, mas que lhe escutou em uma entrevista da televisão venezuelana e gostou "muitíssimo".
"Lembro-me do que ele respondeu à entrevistadora quando foi perguntado sobre quais são os desafios do novo Papa quando há todos estes problemas, alguns tão feios e de sujeira na Igreja. Disse que esses desafios devem ser respondidos de maneira concreta e precisa, mas que o desafio fundamental é a evangelização", indicou.
Neste sentido, concretizou que a figura do secretário de Estado é "muito relevante" tanto por sua dimensão política, de relação com os Estados de todo o mundo, como pela função de ajudar o Papa no governo da Cidade do Vaticano e de toda a Igreja assim como no anúncio do Evangelho.
A respeito da JMJ do Rio de Janeiro (Brasil) celebrada em julho deste ano, assinalou que sentiu muito por não poder estar embora tenha acompanhado da Espanha e apontou que uma imagem histórica que deixou foi a da Praia de Copacabana "transbordante", uma praia que, conforme recordou, "outras vezes tem ecos de mundanidade".
Quanto ao novo curso da Igreja na Espanha, Dom Martínez Camino se centrou no que será "um dos atos centrais na Espanha do Ano da Fé", a beatificação de 522 mártires do século XX em Tarragona no próximo dia 13 de outubro.
Concretamente, precisou que este evento será de "grande transcendência" porque recuperará o "testemunho de sangue" desses mártires que, a seu ver, é "o grande antídoto contra a falta de entusiasmo, o cansaço da fé" e a "secularização" inclusive a que se dá "na vida da Igreja".
"Esperamos que seja uma grande festa que não vai contra ninguém", remarcou
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