ROMA, Sep 30, 2013 / 14:35 pm
Organizações não governamentais e cristãos no Paquistão exigiram às autoridades locais que investiguem as denúncias de tráfico de órgãos das vítimas do atentado de 22 de setembro, cometido por extremistas muçulmanos contra uma igreja anglicana.
Conforme reporta a agência vaticana Fides, os cristãos da região expressaram estar "horrorizados" porque supostos "chacais", provavelmente paramédicos locais, estariam aproveitando o alto número de mortos e feridos depois do atentado do domingo passado para roubar órgãos das vítimas e vendê-los no mercado negro.
Dois extremistas muçulmanos detonaram de forma suicida bombas contra a igreja anglicana de Todos os Santos, enquanto os fiéis saíam de seu serviço religioso. O atentado deixou um saldo de 82 mortos, entre eles 34 mulheres e 7 crianças, e 145 feridos.
O Padre Mario Rodríguez, sacerdote da cidade de Karachi assinalou que se estas denúncias forem certas, "há criminosos que estão especulando com o sofrimento das vítimas cristãs de uma forma verdadeiramente blasfema e sacrílega".
"Pedimos à polícia que realize uma investigação séria e profunda sobre estas vozes que estão escandalizando a todos", demandou.
Paquistão, alguma vez conhecido como "líder do destino" do turismo de transplantes e tráfico ilegal de órgãos humanos, promulgou uma lei em 2010 para regularizar estes procedimentos médicos.
Embora o tráfico ilícito de órgãos tenha diminuído, desde 2011 se apresentou um aumento de casos.
Segundo investigações policiais, somente em Punjab se identificaram 42 clínicas dedicadas ao transplante de órgãos obtidos de forma ilegal.
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